Confronto nos Céus: Governo Português Acusa Ryanair de 'Desonestidade' e Rejeita 'Ultimato' Sobre Voos nos Açores

O Governo português reagiu firmemente ao anúncio da Ryanair de cancelar os seus voos para os Açores a partir de março de 2026, rejeitando o que considera serem 'ultimatos e ameaças' por parte da companhia aérea irlandesa.

A companhia aérea de baixo custo Ryanair anunciou o cancelamento de todas as suas ligações de e para os Açores a partir de 29 de março de 2026, justificando a decisão com as 'elevadas taxas aeroportuárias'. A empresa acusou o Governo português de 'inação', apontando um alegado aumento de 120% nas taxas de navegação aérea e a introdução de uma nova taxa de viagem de dois euros como os principais motivos para a sua saída da região autónoma.

Em resposta, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, afirmou que o Governo 'não aceita ultimatos nem ameaças' e que recebeu a notícia com 'enorme surpresa'. Falando aos jornalistas em Vilamoura, Algarve, o ministro classificou algumas das alegações da Ryanair como 'desonestas', argumentando que a companhia compara períodos que 'não é possível comparar'.

Segundo o governante, as taxas de navegação aérea em Portugal têm vindo a descer desde 2023, posicionando o país entre os mais competitivos da Europa nesta matéria.

Miguel Pinto Luz recordou ainda que tanto o Governo Regional dos Açores como o Turismo de Portugal têm apoiado financeiramente a operação da Ryanair no arquipélago ao longo dos últimos anos.

O ministro criticou a postura da companhia aérea, afirmando que esta 'já habituou' as instituições a 'atitudes e afirmações fora das regras normais'.

O Governo português assegurou que fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que a Região Autónoma dos Açores não seja prejudicada por esta decisão.

'Não aceitamos ultimatos, nem ameaças, nem falsas alegações.

Somos pela verdade', concluiu o ministro, garantindo a defesa do destino Açores.