Governo Nega Facilitação de Despedimentos e Critica Greve 'Política' da UGT

A Ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, assegurou que as propostas de alteração à legislação laboral não facilitarão os despedimentos, ao mesmo tempo que criticou a greve geral convocada pela UGT, classificando-a como tendo motivações políticas.

A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, garantiu que "nenhuma das alterações" propostas pelo Governo à legislação laboral tornará "os despedimentos mais fáceis, nem menos difíceis".

As declarações foram proferidas aos jornalistas em Bruxelas, no contexto de uma reunião ministerial, em resposta direta às acusações da União Geral de Trabalhadores (UGT), que alega que a proposta do executivo irá facilitar a cessação de contratos de trabalho.

A governante revelou que não ocorreram mais reuniões com a UGT, afirmando que a central sindical está "mais focada na preparação dessa greve".

A paralisação em questão é uma greve geral convocada para o dia 11 de dezembro, uma quinta-feira.

A ministra criticou a natureza da greve, comentando que as pessoas estão "um bocadinho cansadas de greves por razões políticas".

Apesar do diferendo, Maria do Rosário Palma Ramalho rejeitou a ideia de que a proposta do Governo seja um documento fechado.

Pelo contrário, sublinhou que todas as medidas apresentadas são propostas abertas a contributos por parte dos parceiros sociais, incluindo a UGT.

A ministra salientou que, "com certeza, como sempre houve, um caminho para nos encontrarmos, com compromissos de parte a parte", demonstrando abertura para o diálogo e negociação.