Greve por compensação justa fecha portas de museus e monumentos nacionais



Os trabalhadores de portaria e vigilância dos 38 museus, palácios e monumentos geridos pela empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) aderiram a uma greve que resultou no encerramento de, no mínimo, dez equipamentos a nível nacional. A paralisação, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), visa reivindicar um pagamento justo pelo trabalho em dias feriados, que os funcionários consideram manifestamente insuficiente, situando-se em cerca de 18 a 19 euros líquidos. Entre os locais de grande afluência turística que fecharam portas contam-se o Mosteiro dos Jerónimos, o Museu Nacional dos Coches e o Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. A greve afetou também outros pontos do país, como o Palácio Nacional de Mafra, a Fortaleza de Sagres, o Mosteiro de Alcobaça, o Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto), o Museu Nacional Grão Vasco (Viseu), o Museu de Lamego e o Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche.
Este protesto não é um evento isolado, prolongando-se há mais de um ano.
A paralisação em dias feriados teve início em 2024 e foi retomada na Páscoa do ano corrente.
Segundo a dirigente sindical Catarina Simão, os trabalhadores, que totalizam cerca de mil funcionários nos 38 espaços, estão determinados a manter a greve em 2026 caso o Governo não apresente uma proposta que considerem justa. A sindicalista sublinhou que os trabalhadores não se recusam a trabalhar nos feriados, mas exigem uma remuneração adequada.
Até ao momento, a única resposta da tutela foi uma indicação da Secretária de Estado da Administração Pública sobre a disponibilidade do Governo para apresentar novas carreiras para estes profissionais, uma informação considerada vaga pelo sindicato, que continua a aguardar propostas concretas.
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