
Greve no Terminal XXI do Porto de Sines



Uma greve parcial, convocada pelo Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP), está a decorrer no Terminal XXI do Porto de Sines, com o objetivo de reivindicar melhores condições de trabalho. Segundo dados preliminares do sindicato referentes aos dois primeiros turnos, a paralisação está a afetar cerca de 50% das operações, com seis das doze gruas do terminal paradas.
Cláudio Santiago, secretário-geral do SIEAP, destacou a "mobilização significativa dos trabalhadores", apesar de desejar uma adesão mais elevada.
A greve, que é a terceira desde maio, abrange as duas primeiras e as duas últimas horas de cada turno, o que totaliza uma paragem diária de 12 horas, e está previsto que se prolongue até à próxima sexta-feira. As principais reivindicações dos trabalhadores prendem-se com a evolução das carreiras e os horários de trabalho. O sindicato acusa a administração da empresa de tomar "decisões unilaterais", como a alteração de horários sem aviso prévio e a quebra de um acordo que garantia as progressões na carreira. O dirigente sindical afirmou que o objetivo da paralisação é alertar para estas questões e abrir portas a uma "real negociação" com a administração da PSA Sines, de modo a encontrar pontos em comum para ultrapassar as dificuldades.
Os trabalhadores aguardam que a empresa demonstre abertura para o diálogo durante este período.
No início do mês, a diretora-geral da PSA Sines, Nichola Silveira, já havia manifestado preocupação com o impacto da greve no maior terminal de contentores do país.
Em comunicado, admitiu que a paralisação poderá afetar a operação portuária "devido à perda de movimentos, à confiança dos clientes e à sustentabilidade a longo prazo de muitos postos de trabalho".
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