Greve Geral de 11 de Dezembro: Transportes a Meio Gás e Metro de Lisboa Parado

Uma greve geral convocada pelas centrais sindicais CGTP e UGT para 11 de dezembro irá afetar significativamente os transportes públicos, com a definição de serviços mínimos para comboios, Carris e barcos, mas com uma paralisação total do Metropolitano de Lisboa.

As centrais sindicais CGTP e UGT convocaram uma greve geral para o dia 11 de dezembro como forma de protesto contra o anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral apresentado pelo Governo. Esta paralisação assinala a primeira vez que as duas principais centrais sindicais se unem numa greve geral desde junho de 2013, um período em que Portugal se encontrava sob a intervenção da ‘troika’.

Para além da greve geral, a CGTP tem agendadas outras ações de luta para quinta-feira em 15 distritos do país, bem como nos Açores e na Madeira.

O Conselho Económico e Social (CES), através do seu Tribunal Arbitral, divulgou as decisões relativas à fixação de serviços mínimos para o setor dos transportes durante a paralisação. A decisão de maior impacto para a capital é a não fixação de serviços mínimos para o Metropolitano de Lisboa, o que significa que não haverá qualquer circulação de composições durante todo o dia da greve.

Esta decisão foi tomada por unanimidade pelo tribunal.

Para os restantes transportes públicos, foram decretados serviços mínimos.

Na Carris, em Lisboa, será assegurado o transporte para cidadãos com mobilidade reduzida e a circulação em 12 linhas (703, 708, 717, 726, 735, 736, 738, 751, 755, 758, 760 e 767), com uma frequência proporcional à procura habitual de um dia de semana.

Nos transportes fluviais da Transtejo/Soflusa, deverão ser realizadas 25% das carreiras nos períodos de ponta, entre as 06:00 e as 09:30 e das 18:30 às 20:00.

No setor ferroviário, a CP – Comboios de Portugal terá serviços mínimos, embora com a exclusão de vários comboios de longo curso, regionais e urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra. A Infraestruturas de Portugal (IP) deverá garantir as operações necessárias para permitir a circulação dos serviços mínimos da CP, Fertagus e Medway. Foram ainda definidos serviços mínimos para os voos da Portugália, que incluem voos de regresso às bases de Lisboa e Porto, voos de emergência e voos de Estado.