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Surtos de Doenças: Gripe Aviária em Portugal, Febre do Nilo na Europa e Cólera no Sudão

As autoridades de saúde e veterinária estão em alerta devido a vários surtos de doenças, desde a deteção de novos focos de gripe das aves em Portugal à vacinação em massa contra a cólera no Sudão, passando pela vigilância da febre do Nilo na Europa.
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A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmou novos focos de gripe das aves em Portugal, detetados em aves selvagens nos distritos de Lisboa e Leiria.

Os casos ocorreram nos concelhos da Lourinhã, Caldas da Rainha e Marinha Grande, afetando gaivotas, incluindo uma gaivota-prateada.

Com estes, sobe para 24 o número total de focos confirmados em Portugal este ano, quatro dos quais registados em setembro.

A DGAV apela a todos os detentores de aves para que reforcem as medidas de biossegurança, evitando o contacto entre aves domésticas e selvagens.

A transmissão do vírus a humanos é rara, mas pode resultar num quadro clínico grave.

No que respeita à febre do Nilo Ocidental, Portugal permanece sem focos confirmados, embora a doença esteja a aumentar na Europa.

Até 15 de setembro, foram reportados 272 focos em animais no continente europeu, maioritariamente em Itália. A DGAV recomenda a vacinação de equídeos e a eliminação de criadouros de mosquitos, o vetor de transmissão da doença.

Em 2022, Portugal registou três focos. Na Europa, foram também contabilizados 652 casos em humanos em nove países. A doença pode causar sintomas neurológicos fatais em equídeos.

No Sudão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou uma campanha de vacinação para mais de 1,8 milhões de pessoas contra a cólera em Darfur.

Esta região tem sido severamente afetada pelo surto, que, desde maio, já causou 12.739 casos e 358 mortes.

A nível nacional, a epidemia é a pior registada no país, com mais de 113.000 infeções e mais de 3.000 mortes desde julho de 2024. A crise humanitária é agravada pelo conflito que eclodiu em abril de 2023, o qual colapsou os serviços básicos e o acesso a água potável, resultando em pelo menos 40 mil mortos e 12 milhões de deslocados.

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