EDP Renováveis conclui venda de portefólio solar em Espanha enquanto Portugal prepara mapa para acelerar energias renováveis



A EDP Renováveis (EDPR) concluiu a venda de um portefólio solar de 190 MWac (229 MWdc) em Espanha à Prosolia Energy. A transação, comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), teve um valor estimado de 160 milhões de euros.
O portefólio é composto por cinco centrais solares em operação, localizadas nas regiões da Andaluzia e Castela e Leão, com uma vida média inferior a um ano.
Estes projetos beneficiam de contratos de aquisição de energia (PPA) a longo prazo, que asseguram a venda da energia produzida.
O negócio já tinha sido anunciado em agosto, mas a sua conclusão estava pendente de condições regulatórias e outras.
Enquanto se realizam estas operações transfronteiriças, Portugal prepara-se para impulsionar o setor a nível nacional com a criação de um 'Mapa Verde'. Esta iniciativa, que deverá ser apresentada no primeiro trimestre de 2026, identificará as zonas preferenciais para a instalação de projetos de energia solar e eólica, com o objetivo de simplificar e agilizar os processos de licenciamento. A medida está alinhada com a diretiva europeia RED III e visa ajudar o país a atingir as metas do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) para 2030, que preveem 20,8 GW de potência solar e 10,4 GW de capacidade eólica.
O governo espera que o mapa ofereça maior transparência e confiança aos investidores, garantindo simultaneamente a proteção ambiental.
No plano empresarial em Portugal, o grupo Metalogalva, sediado na Trofa, está a investir num projeto de energia solar para autoconsumo industrial. A iniciativa abrange a instalação de cinco centrais solares com uma potência total de 4,4 MWp, distribuídas por unidades na Trofa, Famalicão e Albergaria-a-Velha. Com cerca de 7.900 painéis solares, a produção anual estimada de 5.600 MWh deverá cobrir 34% das necessidades energéticas do grupo, gerando uma poupança de cerca de 30% e evitando a emissão de mais de 1.200 toneladas de dióxido de carbono por ano.
Parte da energia será também partilhada com a comunidade local.










