Investigação ao Novo Banco: Grupo espanhol na mira por compra de imóveis a preços reduzidos

Uma investigação sobre as vendas de imóveis do Novo Banco está agora centrada num grupo de gestores e investidores espanhóis, suspeitos de adquirirem propriedades a preços muito inferiores ao valor de mercado, lesando o Estado português em milhões de euros.

A investigação em curso às controversas e ruinosas vendas de imóveis do Novo Banco alargou o seu foco para um grupo de investidores, gestores e consultores espanhóis. As autoridades suspeitam que este grupo teve acesso privilegiado a propriedades do banco, que foram subsequentemente adquiridas a preços consideravelmente abaixo do seu valor real de mercado. Um dos artigos especifica que alguns imóveis foram transacionados com descontos que podiam atingir os 35%.

Esta prática terá resultado num prejuízo de muitos milhões de euros para o Estado português, uma vez que as perdas do banco são, em última instância, cobertas por dinheiro público.

O objetivo do grupo espanhol seria, segundo as suspeitas, obter lucros significativos com estes imóveis desvalorizados, aproveitando-se da situação financeira da instituição bancária.

O ponto de partida que permitiu desvendar esta rede de ligações foi um negócio aparentemente discreto envolvendo uma herdade em Sesimbra. Esta transação ajudou as autoridades a desenrolar o que é descrito como um "novelo" e um "emaranhado" de conexões entre os vários investidores espanhóis envolvidos no esquema.