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Prazos Irrealistas e Falta de Coordenação: Metro do Porto Sob Crítica da Assembleia Municipal

Um grupo de trabalho da Assembleia Municipal do Porto concluiu que a Metro do Porto comunicou prazos de obras inexequíveis, que não foram cumpridos, e aponta contradições e desalinhamento entre as entidades envolvidas nos projetos de transporte público da cidade.
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O relatório final do Grupo de Trabalho para Acompanhamento de Investimentos de Transporte Público (GT-AITP), criado no seio da Assembleia Municipal do Porto, tece duras críticas à gestão da Metro do Porto SA, acusando a empresa de comunicar publicamente prazos para as obras que eram "fisicamente, inexequíveis".

Segundo o documento, esta prática criou "expectativas infundadas na população" e minou a credibilidade dos projetos, sendo que, à data do relatório, nenhum dos prazos anunciados pela empresa se tinha concretizado.

O grupo lamenta que os seus alertas sobre esta matéria não tenham sido considerados, pelo menos a nível comunicacional.

Outra falha grave apontada pelo relatório é a descoordenação entre as diferentes entidades.

O GT-AITP afirma ter constatado, "com preocupação, contradições nas informações" fornecidas pela Metro do Porto, pela Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e pela Câmara Municipal do Porto, especialmente no que diz respeito ao projeto do metrobus da Boavista.

Este desalinhamento, segundo o grupo de trabalho, "provocou ainda maiores transtornos para os cidadãos, para o município e para o interesse público".

A Metro do Porto é também criticada pelos atrasos em responder às questões colocadas pelo grupo e por ter "completamente desprezado" o último parecer emitido sobre a segunda fase das obras do metrobus.

Apesar das críticas, o relatório do GT-AITP reconhece que algumas das suas recomendações foram acatadas, nomeadamente ao nível da gestão das empreitadas para reduzir o seu impacto negativo na cidade, embora sem o devido reconhecimento público por parte dos responsáveis.

O grupo de trabalho, constituído em fevereiro de 2024 e que se reuniu 18 vezes, recomenda a sua continuidade no próximo mandato autárquico. A justificação prende-se com o facto de nenhuma das obras analisadas estar concluída e com a perspetiva de novos projetos de grande dimensão, como a linha de alta velocidade e novas linhas de metro, que necessitam de acompanhamento desde a sua conceção.

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