
Guterres aponta impunidade como causa dos conflitos no Sudão, Ucrânia e Gaza



No arranque do debate de alto nível da Assembleia-Geral da ONU, o Secretário-Geral António Guterres afirmou que a impunidade é a “mãe do caos”, tendo gerado alguns dos conflitos “mais atrozes” da atualidade, ao permitir que vários países atuem como se as regras internacionais não se lhes aplicassem.
Guterres identificou especificamente as guerras no Sudão, Ucrânia e Gaza como exemplos diretos desta realidade.
Sobre o Sudão, o líder da ONU lamentou que os civis estejam a ser massacrados, mortos à fome e silenciados, sublinhando que “não há solução militar” para o conflito.
Guterres exortou todas as partes, incluindo as presentes na assembleia, a cessar o apoio externo que alimenta o derramamento de sangue e a lutar pela proteção dos civis. Relativamente à guerra na Ucrânia, Guterres destacou a violência implacável que continua a matar civis, a destruir infraestruturas e a ameaçar a segurança global.
Elogiou os recentes esforços diplomáticos em prol da paz, nomeadamente dos Estados Unidos, e apelou a um cessar-fogo total que conduza a uma paz justa e duradoura, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.
No que diz respeito a Gaza, António Guterres descreveu a escala de morte e destruição como superior a qualquer outro conflito que acompanhou durante os seus mandatos.
Com os “horrores a aproximarem-se do seu monstruoso terceiro ano”, o Secretário-Geral recordou as medidas provisórias e juridicamente vinculativas emitidas pelo Tribunal Internacional de Justiça, apelando à sua implementação imediata e lamentando que a situação tenha piorado desde então, com a declaração de um período de fome. Reiterou que a solução de dois Estados é a única resposta viável para uma paz sustentável e pediu a inversão urgente de “tendências perigosas”, como a expansão dos colonatos.
Num apelo mais vasto, Guterres defendeu que se deve escolher a paz em todas as crises, do Haiti a Myanmar, e alertou que “a ilegalidade é um contágio” que arrisca uma “guerra nuclear sem limites”. Criticou o Conselho de Segurança da ONU, pedindo que seja “mais representativo, mais transparente e mais eficaz” e que cumpra as suas responsabilidades, frequentemente bloqueadas por vetos. Concluiu defendendo os direitos humanos como o “alicerce” da paz e a necessidade de combater as injustiças que geram exclusão e desigualdade.
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