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Encontro entre Guterres e Trump na Assembleia-Geral da ONU

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou a sua esperança de unir esforços com o Presidente dos EUA, Donald Trump, na mediação de conflitos, durante um encontro bilateral agendado para a próxima semana em Nova Iorque.
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o Presidente norte-americano, Donald Trump, têm um encontro bilateral agendado para 23 de setembro, durante o primeiro dia da 80.ª Assembleia-Geral da ONU (UNGA80).

A reunião, confirmada pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, será o primeiro encontro oficial entre os dois líderes desde que Trump regressou à Casa Branca em janeiro deste ano, não tendo havido qualquer contacto telefónico entre ambos desde então.

Numa conferência de imprensa de antecipação à Semana de Alto Nível, Guterres sublinhou a importância do encontro, descrevendo os Estados Unidos como um "ator central no cenário global". O líder da ONU expressou o seu otimismo em encontrar áreas de cooperação com a administração norte-americana, destacando especificamente a mediação de paz como um campo onde os esforços de ambas as partes podem ser unidos para alcançar resultados mais eficazes. António Guterres refletiu sobre as capacidades da ONU na mediação de conflitos, mencionando a sua vasta experiência e o conhecimento profundo das causas dos conflitos e dos intervenientes.

No entanto, admitiu as dificuldades que a organização enfrenta para persuadir as partes em conflito a alcançar a paz. Nesse sentido, acredita que uma aliança com Washington poderia aumentar a eficácia dos processos de paz, garantindo que estes conduzam a resultados bem-sucedidos, embora não tenha especificado nenhum conflito em concreto.

O encontro ocorrerá após os discursos de ambos na Assembleia-Geral.

Guterres fará a abertura, seguido pelo Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e depois por Donald Trump.

A expectativa de colaboração surge num contexto complexo, dado que, durante o seu mandato anterior, Trump anunciou cortes significativos no financiamento à ONU e retirou os EUA de várias agências, como a UNESCO, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Conselho de Direitos Humanos.

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