T1 em Alta: A Corrida aos Apartamentos Mais Pequenos no Mercado Imobiliário Português

Os apartamentos de tipologia T1 foram os imóveis que mais rapidamente se venderam em Portugal no último trimestre, revelando uma forte procura por habitações de menor dimensão, embora com dinâmicas distintas entre as várias regiões do país.

De acordo com dados da plataforma Idealista referentes ao último trimestre, os apartamentos de tipologia T1 foram os que mais rapidamente se venderam em Portugal.

A nível nacional, 41% destes imóveis encontraram comprador em menos de um mês.

Seguiram-se os T2, com 36% de vendas rápidas, os T3 (35%) e os estúdios T0 (32%).

No extremo oposto, as casas com quatro ou mais quartos (T4+) foram as que demoraram mais tempo a ser comercializadas, com apenas 27% a serem vendidas no primeiro mês.

A análise por capitais de distrito revela dinâmicas distintas.

Santarém destacou-se como a cidade onde os T1 venderam mais depressa, com 80% das unidades a saírem do mercado em menos de 30 dias.

Outras cidades com vendas rápidas nesta tipologia incluem Viana do Castelo (56%), Ponta Delgada (50%) e Aveiro (44%).

Em contraste, nos maiores centros urbanos como Lisboa e Porto, as percentagens foram mais modestas, com 24% e 28%, respetivamente.

Em várias capitais de distrito, como Évora, Portalegre e Guarda, não foram registadas vendas rápidas de T1 devido à oferta reduzida ou inexistente. Noutras tipologias, Santarém também liderou nas vendas de apartamentos T2 (53%).

A região do Alentejo evidenciou-se com Beja a registar a maior taxa nacional de vendas rápidas para a tipologia T3, com 50% dos imóveis vendidos em menos de um mês. Évora também se destacou com 40% de vendas rápidas nos T2. No segmento de maiores dimensões (T4+), a liderança nacional pertenceu a Viana do Castelo, com uma taxa de 50%.

A escassez de oferta é um fator determinante nos dados apresentados. Em muitas capitais de distrito, a ausência de registos de vendas rápidas para certas tipologias, como os estúdios (T0) ou os apartamentos T4+, deve-se à inexistência ou ao número muito limitado de imóveis disponíveis no mercado durante o período analisado.