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Fragilidade do Cessar-fogo entre Israel e Hamas

O frágil cessar-fogo entre Israel e o Hamas enfrenta sérios desafios, com ambas as partes a trocarem acusações de violações do acordo enquanto persistem impasses cruciais sobre a devolução de reféns e o desarmamento do grupo islamita.
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O acordo de cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor a 10 de outubro sob mediação dos Estados Unidos, permanece instável, com Israel e o Hamas a trocarem acusações mútuas sobre o seu incumprimento. Os principais pontos de discórdia são a devolução dos corpos dos reféns israelitas e o desarmamento do Hamas. Israel acusa o grupo de violar o acordo ao não entregar todos os corpos no prazo estipulado e, como retaliação, limitou a entrada de ajuda humanitária. Por sua vez, o Hamas responsabiliza o governo de Benjamin Netanyahu pelos atrasos, argumentando que os corpos estão soterrados sob escombros de edifícios e em túneis destruídos pelos bombardeamentos israelitas, sendo necessária maquinaria pesada, que não está disponível em Gaza, para os recuperar. Dirigentes do Hamas, como Mohammed Nazzal, afirmaram que o grupo não se pode comprometer com o desarmamento sem garantias de um futuro Estado palestiniano e que pretende manter o controlo da segurança em Gaza durante um período de transição de três a cinco anos para permitir a reconstrução.

O porta-voz Hazem Qassem reforçou as "dificuldades enormes" na recuperação dos corpos, mencionando que algum equipamento forense foi destruído e que alguns corpos se "evaporaram" nos ataques. O grupo afirma ter entregado nove dos 28 corpos de reféns, além de um que foi identificado como sendo de um palestiniano, e ter libertado os 20 reféns que se encontravam vivos. Do lado israelita, a exigência é o cumprimento integral do plano proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que prevê a libertação de todos os reféns e o desarmamento incondicional do Hamas.

Trump ameaçou desarmar o grupo de "forma rápida e talvez violenta" caso este não o faça voluntariamente.

A tensão no terreno mantém-se elevada, com o exército israelita a confirmar um ataque a um "veículo suspeito" que se aproximou das suas posições.

O Hamas alega que o veículo transportava civis deslocados, resultando num número indeterminado de mortos e feridos. As autoridades de saúde de Gaza registaram pelo menos 23 mortos desde o início da trégua. No plano humanitário, apesar das restrições, há indicações da abertura da fronteira de Rafah com o Egito para permitir a entrada de mais ajuda. A Turquia enviou uma equipa de 81 especialistas da AFAD para ajudar nas operações de busca e salvamento de corpos, tanto israelitas como palestinianos. A guerra, desencadeada pelos ataques de 7 de outubro de 2023 que causaram cerca de 1.200 mortos em Israel, já provocou mais de 67 mil mortos em Gaza, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas.

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