O Pacto dos Herdeiros: Família Balsemão Blinda Controlo da Impresa em Momento de Transição



Após o falecimento de Francisco Pinto Balsemão, a 21 de outubro de 2025, os seus cinco filhos dividiram em partes iguais a participação na holding familiar Balseger, que detém o controlo do grupo Impresa, dono da SIC e do Expresso. A alteração na estrutura acionista foi comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta sexta-feira.
Os herdeiros — Mónica da Costa Lobo Pinto de Balsemão, Henrique da Costa Lobo Pinto de Balsemão, Francisco Maria Supico Pinto Balsemão, Joana Presas Pinto de Balsemão e Francisco Pedro Presas Pinto de Balsemão — passaram a deter, cada um, uma parte igual da Balseger SGPS.
Esta holding controla 71,4103% da Impreger SGPS, que, por sua vez, possui 50,311% dos direitos de voto na Impresa. Embora a participação indireta no capital da Impresa seja de 35,9%, a estrutura garante à família o controlo da maioria dos votos.
Para assegurar a continuidade e a estabilidade na gestão, os cinco irmãos celebraram um acordo parassocial que visa a concertação de posições em matérias estratégicas. Este acordo estipula a realização de reuniões prévias às assembleias-gerais da Balseger para definir um sentido de voto comum.
As propostas aprovadas por unanimidade nestas reuniões serão vinculativas para todos os herdeiros, que se comprometem a votar favoravelmente.
Caso não haja consenso, deverão abster-se.
O pacto visa garantir um "exercício coordenado de influência" não só na Balseger, mas também, por via indireta, na Impreger e na Impresa.
Os estatutos da Balseger preveem a existência de ações de categoria A, que conferem direitos especiais e asseguram a prevalência do voto em decisões estratégicas.
Esta reorganização acionista ocorre num momento crucial, com notícias sobre negociações avançadas para a entrada do grupo italiano MediaForEurope (MFE), da família Berlusconi, no capital da Impresa.
As informações indicam que a MFE poderá adquirir uma posição minoritária, sendo um primeiro passo para um eventual controlo futuro, embora a família Balsemão mantenha o domínio por agora.
Em paralelo com estes anúncios, a CMVM suspendeu a negociação das ações da Impresa, aguardando a divulgação de informação relevante. Os herdeiros solicitaram ainda à CMVM uma derrogação do dever de lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA).
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