Timor-Leste na ASEAN: O Início de um Novo Capítulo Estratégico



A adesão de Timor-Leste como membro de pleno direito da ASEAN foi formalizada em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo. A conclusão deste processo, que teve início com o pedido de admissão em 2011, foi celebrada como um acontecimento histórico.
A cerimónia incluiu a assinatura da declaração de admissão pelo primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e pelos representantes dos outros estados-membros, sendo o documento posteriormente entregue ao secretário-geral da ASEAN, Kao Kim Hourn, na presença do chefe de Estado de Timor-Leste, José Ramos-Horta. O içar da bandeira timorense marcou simbolicamente a entrada do país na organização. No seu discurso, Xanana Gusmão afirmou que este momento representa "a realização de um sonho" e uma "poderosa afirmação" da resiliência e determinação do povo timorense.
O primeiro-ministro sublinhou que Timor-Leste se junta à ASEAN com "humildade e orgulho", comprometendo-se totalmente com a Carta da organização e os seus valores fundamentais, como o respeito mútuo, a cooperação pacífica e a unidade na diversidade.
Considerou a adesão uma "afiliação natural, enraizada na nossa cultura e geografia" e uma prioridade estratégica para o futuro do país. Olhando para o futuro, o chefe do Governo timorense destacou que a adesão não é o fim de uma jornada, mas o "início de um novo e inspirador capítulo".
Salientou as "imensas oportunidades no comércio, investimento, educação e economia digital" que se abrem para Timor-Leste, que se propõe a ser um "membro construtivo, pacífico e dedicado".
O país está pronto para contribuir ativamente para a concretização da Visão da Comunidade ASEAN 2045.
A ASEAN, criada em 1967, é composta pela Indonésia, Singapura, Tailândia, Malásia, Filipinas, Brunei Darussalam, Camboja, Laos, Myanmar e Vietname.
Com 676,6 milhões de habitantes, constitui a terceira região mais populosa do mundo, a seguir à Índia e à China.
A cimeira atual, subordinada ao tema "Inclusão e Sustentabilidade", abordará questões como a paz regional e a resiliência económica.
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