Hospital de Gaza retoma operações após receber combustível da OMS



O hospital Al-Awda, em Nuseirat, na Faixa de Gaza, anunciou a suspensão temporária da maioria das suas operações devido à escassez de combustível para os geradores.
A unidade hospitalar, que acolhe 60 doentes internados e recebe cerca de 1.000 pacientes por dia, viu-se forçada a manter apenas os serviços essenciais, como urgências, maternidade e pediatria. Segundo Ahmed Mehanna, responsável da Associação de Saúde Al-Awda, que gere o hospital, o consumo diário é de 1.000 a 1.200 litros de gasóleo, mas as reservas tinham caído para menos de 800 litros. Mais tarde no mesmo dia, o hospital conseguiu retomar a totalidade das suas atividades após receber um fornecimento de 2.500 litros de combustível da Organização Mundial de Saúde (OMS). Contudo, Mehanna alertou que esta quantidade apenas garante o funcionamento por "dois dias e meio", estando a unidade dependente da promessa de mais combustível a partir de domingo.
Esta situação precária sublinha a contínua crise humanitária no território palestiniano.
A crise persiste apesar de uma trégua entre Israel e o Hamas, em vigor desde 10 de outubro, num território devastado por uma guerra de dois anos. O acordo previa a entrada diária de 600 camiões de ajuda, mas, segundo a ONU e ONGs no terreno, apenas entre 100 a 300 têm conseguido entrar. O setor da saúde foi um dos mais afetados pela guerra, que começou a 7 de outubro de 2023. A ofensiva israelita, em resposta aos ataques do Hamas que mataram 1.200 pessoas, já provocou a morte a mais de 66.000 palestinianos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, cujos dados são reconhecidos pela ONU.


















