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Governo promete solução para doentes com alta clínica que ocupam camas hospitalares

O Governo prepara-se para anunciar uma solução para os chamados “internamentos sociais”, um problema que bloqueia mais de um milhar de camas no Serviço Nacional de Saúde e representa custos anuais de milhões de euros. A promessa foi feita pela ministra da Saúde durante uma visita a um hospital que espelha a gravidade da situação.
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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou que o Governo apresentará em breve uma solução para “pelo menos algumas centenas” das mais de 1.200 pessoas que, apesar de terem alta clínica, continuam a ocupar camas hospitalares por razões sociais. A declaração surgiu após uma visita ao Hospital de Vila Franca de Xira, que a governante descreveu como um exemplo de uma “situação impossível de manter”. O caso do Hospital de Vila Franca de Xira ilustra a dimensão do problema. A unidade hospitalar gasta anualmente mais de 6,3 milhões de euros para contratar mais de 80 camas na comunidade para estes doentes, um valor que, segundo o presidente do conselho de administração, Nuno Cardoso, equivale a ter “quase outro hospital”.

Os números a nível nacional são ainda mais expressivos.

Embora a ministra aponte para mais de 1.200 casos, dados da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) indicavam a existência de 2.342 pessoas nesta situação em março deste ano, um aumento de 8% face ao ano anterior. Outro relatório refere um crescimento de 20% em dois anos.

Na origem do problema está a falha na retaguarda do sistema de saúde. A principal causa apontada é a falta de vagas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), responsável por 38% dos casos, seguida pela inexistência de lugar em lares de idosos (29%). O custo destes internamentos inapropriados é elevado, com estimativas a variarem entre 95 milhões e 288 milhões de euros por ano. Além do impacto financeiro, o bloqueio de camas reduz a capacidade de resposta dos hospitais a novos doentes e agrava as listas de espera, com cerca de 80% dos casos concentrados nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte. Durante a visita, Ana Paula Martins reconheceu também a falta de profissionais no hospital e abordou a questão dos tempos de espera nas urgências, defendendo a necessidade de “maior literacia” por parte da população para os interpretar. A ministra alertou ainda que as próximas semanas de frio serão “complicadas” para os hospitais, o que torna a resolução dos internamentos sociais uma medida ainda mais premente.

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