PRR Impulsiona Revolução Tecnológica nos Hospitais Regionais

Hospitais nas regiões do Oeste e de Viseu estão a investir milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência para modernizar os seus equipamentos, focando-se em tecnologia de ponta como robôs cirúrgicos e tomógrafos para melhorar os cuidados de saúde.

As Unidades Locais de Saúde (ULS) do Oeste e de Viseu-Dão Lafões estão a realizar avultados investimentos na modernização dos seus equipamentos médicos, recorrendo a financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Estes projetos representam um esforço para dotar os hospitais regionais de tecnologia avançada, melhorando a resposta do Serviço Nacional de Saúde fora dos grandes centros urbanos. A ULS do Oeste anunciou um investimento de 3,9 milhões de euros para a aquisição de dois tomógrafos (TAC) de última geração e um robô cirúrgico. A substituição dos atuais equipamentos de TAC, com mais de uma década e tecnologicamente obsoletos, é considerada urgente para evitar a subcontratação de exames, que custa anualmente mais de 2,5 milhões de euros. Com os novos aparelhos, a ULS espera realizar internamente mais de 40 mil exames por ano. O robô cirúrgico, orçado em cerca de 1,8 milhões de euros, será partilhado pelas especialidades de Urologia, Cirurgia Geral e Ginecologia, com o objetivo de reduzir o tempo de internamento e as listas de espera para uma população de mais de 235 mil habitantes. Em Viseu, a ULS Viseu-Dão Lafões investiu 1,9 milhões de euros na compra do seu primeiro robô cirúrgico para o Hospital de São Teotónio.

O equipamento, modelo HUGO RAS, destina-se a cirurgias minimamente invasivas nas mesmas áreas: Cirurgia Geral, Ginecologia e Urologia.

Os benefícios esperados são uma recuperação mais rápida dos doentes, menor tempo de internamento, redução de complicações e infeções, e um aumento da precisão do cirurgião, especialmente em áreas de difícil acesso. Ambos os investimentos partilham o objetivo estratégico de garantir cuidados de saúde de última geração aos utentes, reforçando a coesão territorial. A aquisição dos equipamentos inclui programas de formação especializada para as equipas médicas e de enfermagem, assegurando a sua correta utilização. Esta modernização é também vista como uma forma de atrair e reter profissionais qualificados no Serviço Nacional de Saúde.