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Aliança Nvidia-Intel e a Guerra dos Chips EUA-China

A gigante de semicondutores Nvidia anunciou um investimento de 5 mil milhões de dólares na Intel, selando uma aliança estratégica que visa revolucionar o setor da inteligência artificial num contexto de crescente tensão tecnológica entre os EUA e a China.
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A Nvidia anunciou um investimento de 5 mil milhões de dólares (cerca de 4,6 mil milhões de euros) na Intel, adquirindo uma participação de aproximadamente 4%. Esta parceria histórica visa o desenvolvimento conjunto de uma nova geração de centros de dados e computadores pessoais, combinando a liderança da Nvidia em inteligência artificial (IA) e processamento gráfico com a experiência da Intel no fabrico de processadores.

O acordo prevê que a Intel desenvolva processadores x86 personalizados e sistemas em chip (SoCs) que integrarão GPUs RTX da Nvidia, embora não esteja previsto que a Intel passe a fabricar chips para a parceira.

O anúncio teve um impacto imediato nos mercados, com as ações da Intel a registarem uma subida significativa.

Este investimento surge como um balão de oxigénio para a Intel, que enfrenta dificuldades financeiras há anos, apesar da elevada procura por chips impulsionada pela IA.

A empresa, que é o terceiro maior produtor mundial por receitas, perdeu terreno na computação móvel e não conseguiu capitalizar a recente vaga de IA. A parceria com a Nvidia acontece poucas semanas depois de o governo federal dos EUA ter adquirido 10% da Intel por 8,9 mil milhões de dólares, numa intervenção que também ajudou a acalmar a controvérsia em torno do novo CEO, Lip-Bu Tan, que foi alvo de ataques por parte de Donald Trump devido a receios de ligações à China. A aliança entre as duas gigantes americanas ocorre num momento de grande tensão geopolítica no mercado de semicondutores. A Nvidia enfrenta desafios significativos na China, depois de Pequim ter ordenado a empresas tecnológicas como a Tencent e a Alibaba que deixassem de comprar os seus chips, alegando violação de leis anti-concorrenciais. Esta medida insere-se na estratégia chinesa de desenvolver a sua própria indústria de chips, com a Huawei a preparar-se para lançar os seus processadores Ascend e Kunpeng para dominar o mercado interno.

Por sua vez, a Casa Branca chegou a proibir a venda de chips à China, mas recuou após um acordo sem precedentes em que a Nvidia aceitou pagar ao governo dos EUA 15% das suas receitas provenientes das vendas à China. Enquanto a rivalidade EUA-China se intensifica, a corrida pela supremacia em IA acelera.

A Nvidia continua a ser central nesta revolução, equipando os mais potentes centros de dados a nível mundial. Exemplo disso é o anúncio da Microsoft sobre a construção, no Wisconsin, daquele que será o centro de dados de IA “mais potente do mundo”, equipado com centenas de milhares de processadores gráficos da Nvidia. A Microsoft planeia investir um total de 7,3 mil milhões de dólares neste e noutro centro de dados similar.

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