
Human Rights Watch. Ataque aéreo israelita a prisão iraniana foi "evidente crime de guerra"



A conduta militar e diplomática de Israel encontra-se sob intenso escrutínio, com acusações de crimes de guerra e uma crescente crise humanitária em Gaza a marcarem o centro do debate internacional.
A retórica oficial israelita contrasta com a realidade no terreno.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel poderia ter "replicado o bombardeamento de Dresden" em Gaza, mas que essa não é a sua forma de conduzir a guerra.
No entanto, as ações militares continuam a causar vítimas civis, como a morte de pelo menos 25 palestinianos alvejados enquanto tentavam aceder a ajuda humanitária, levando a ONU a alertar para o risco de um colapso total no território. Paralelamente, a Human Rights Watch (HRW) classificou um bombardeamento israelita a uma prisão no Irão como um "evidente crime de guerra", acusando também Teerão de agredir e fazer desaparecer prisioneiros após o ataque.
Diplomaticamente, as declarações de representantes israelitas geram polémica.
O embaixador de Israel em Portugal descreveu o genocídio em Gaza como "propaganda do Hamas", uma posição que foi veementemente condenada por um grupo de judeus israelitas residentes no país, incluindo o cineasta Avi Mograbi. Este grupo acusou o embaixador de promover uma "vergonhosa campanha de negação", afirmando que "todo o mundo vê os crimes de Israel".
A situação humanitária em Gaza é um dos pontos mais críticos, com um impasse entre Israel e mais de 100 organizações não-governamentais (ONG). O COGAT, organismo militar israelita que supervisiona a ajuda, acusa as ONG de não cumprirem "requisitos básicos de segurança". Estes requisitos, implementados em março, obrigam as organizações a fornecer informações sensíveis sobre os seus trabalhadores palestinianos, uma medida que Israel alega ser necessária para impedir que o Hamas se aproprie da ajuda. As ONG, incluindo a Plataforma Portuguesa das ONGD, a Oxfam e os Médicos Sem Fronteiras, refutam estas alegações, afirmando que Israel não lhes permitiu entregar um único camião desde março e que os requisitos de registo colocam em risco os seus funcionários. As organizações recordam que 508 trabalhadores humanitários já foram mortos no enclave e que milhões de dólares em ajuda estão retidos enquanto a fome se agrava.
O conflito estende-se para além de Gaza, com as forças houthis do Iémen, apoiadas pelo Irão, a lançarem mísseis contra Israel em solidariedade com os palestinianos.
O exército israelita confirmou ter intercetado um míssil lançado do Iémen, enquanto os houthis reivindicaram um ataque ao aeroporto Ben Gurion.
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