A Ascensão da IA em Portugal: Da Curiosidade à Ferramenta Essencial



A Inteligência Artificial (IA) regista uma adoção expressiva em Portugal, com um estudo a indicar que 94,8% dos profissionais já utilizam estas ferramentas, quase metade diariamente.
Outro inquérito revela que 38,7% da população entre os 16 e os 74 anos recorre à IA, uma percentagem que sobe para 76,5% entre os jovens de 16 a 24 anos.
O ChatGPT é a ferramenta dominante, utilizada por 87,5% dos inquiridos no estudo “IA – Impacto e Futuro 2025”, seguida pelo Copilot (37,6%) e pelo Gemini (29,1%), com a grande maioria (72,8%) a optar pelas versões gratuitas.
No contexto profissional, a IA é maioritariamente empregue para a criação de conteúdos, investigação e ideação.
Entre os estudantes, os principais usos são a investigação e a automatização de tarefas.
Apesar da elevada utilização, o mesmo estudo aponta que quase dois terços dos profissionais (64,6%) não receberam formação em IA generativa no último ano.
A preocupação com a substituição do trabalho pela IA é relativamente baixa, com 64,7% dos profissionais a manifestarem pouca ou nenhuma inquietação a este respeito.
Em resposta a esta tendência, surgem iniciativas de formação e divulgação.
O Politécnico de Tomar, por exemplo, integra um programa nacional da Google para formar estudantes em IA.
Paralelamente, o banco BPI prolongou a sua exposição “AI Innovation Garden” até 20 de dezembro devido à forte adesão do público.
A mostra, que foca em robótica e outras aplicações práticas da IA, como avatares e rádios geridas por IA, visa promover a literacia digital e aproximar a tecnologia do quotidiano dos cidadãos.
A crescente integração da IA na vida diária também levanta questões sobre privacidade.
Recentemente, a Google viu-se obrigada a negar publicamente rumores de que estaria a utilizar o conteúdo de mensagens do Gmail para treinar os seus modelos de IA, um episódio que evidencia as preocupações que acompanham a expansão desta tecnologia.











