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IA vai ajudar médicos no diagnóstico e reduzir erro, diz investigador

A Inteligência Artificial (IA) está a emergir como uma ferramenta transformadora na área da saúde, prometendo aumentar a precisão dos diagnósticos e reduzir o erro médico. As suas aplicações visam apoiar os clínicos, que continuarão a ter a decisão final, através da análise de vastos volumes de dados de forma mais rápida e eficiente.
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O investigador brasileiro Guilherme Hummel, especialista em IA aplicada à saúde, defende que o futuro da medicina passará pela colaboração entre médicos e máquinas.

Segundo Hummel, a IA generativa irá revolucionar as práticas médicas, facilitando o acesso aos cuidados de saúde e respondendo à crescente procura dos sistemas.

O investigador acredita que a tecnologia permitirá antecipar diagnósticos e reduzir significativamente os erros, afirmando que a precisão diagnóstica de um médico, atualmente entre 30% e 50%, poderá ultrapassar os 60% até 2035 com o auxílio da IA. A principal vantagem da IA reside na sua capacidade de processar e cruzar rapidamente o historial clínico completo de um paciente, algo que um médico sob pressão de tempo, com consultas que no Brasil duram em média entre sete a 12 minutos, dificilmente consegue fazer.

Hummel sublinha que os médicos cometem mais erros devido à pressão do sistema e dos pacientes.

A tecnologia pode analisar exames, como uma simples análise à retina, e sugerir múltiplos diagnósticos diferenciais.

Contudo, a decisão e a responsabilidade final permanecerão sempre com o profissional de saúde, que poderá questionar a IA sobre as fontes utilizadas, como estudos clínicos, para fundamentar as suas sugestões. O investigador, que participará numa conferência em Lisboa, descreve a IA como um conjunto de "assessores virtuais" que convergem para um diagnóstico final.

Esta tendência global tem já uma aplicação prática em desenvolvimento em Portugal. Em Évora, está a ser criado um sistema de IA para apoiar decisões clínicas em diagnósticos e terapias, fruto de uma parceria entre a Universidade de Évora e a Universidade de São José, em Macau. A colaboração deu origem à empresa tecnológica Trustworthy AI, que planeia lançar um projeto-piloto em 2026, a ser implementado simultaneamente em Portugal e Macau.

O sistema em desenvolvimento não visa substituir os médicos, mas sim funcionar como uma ferramenta de apoio.

Irá analisar sintomas, historial clínico e outros dados relevantes para apresentar sugestões diagnósticas e terapêuticas com níveis de confiança associados.

Uma das suas características distintivas será a capacidade de explicar o seu raciocínio aos profissionais de saúde, baseando-se em casos anteriores, o que poderá alertar para aspetos não considerados inicialmente e contribuir para decisões mais informadas e seguras.

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