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Incêndios: Câmaras de Aljustrel e Alandroal criticam falta de apoio do Governo a estes concelhos

As câmaras municipais de Aljustrel e Alandroal contestaram uma resolução do Governo sobre os apoios aos territórios afetados pelos incêndios deste verão, considerando a medida injusta e discriminatória.
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Os municípios de Aljustrel (Beja) e Alandroal (Évora) criticaram a resolução do Conselho de Ministros, de 28 de agosto, que define os apoios para os danos causados pelos incêndios. A medida abrange 313 freguesias de 73 municípios, mas apenas para os fogos ocorridos entre 26 de julho e 27 de agosto, um critério temporal que ambos os municípios consideram injusto por excluir os seus casos. O concelho de Aljustrel foi atingido por dois grandes incêndios a 30 de junho e 15 de julho, que consumiram um total de 1.400 hectares.

O presidente da câmara, Carlos Teles (PS), classificou a decisão do Governo como "injusta", afirmando que o critério discrimina o seu concelho, um dos territórios com mais área ardida em 2025. O autarca lamentou que a medida crie "produtores e agricultores de primeira e produtores e agricultores de segunda", dependendo da data em que o seu património ardeu. De forma semelhante, o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo (PS), manifestou "total perplexidade" com a exclusão do seu município. Alandroal registou incêndios significativos a 16 de junho e 8 de julho, que queimaram, respetivamente, 642,2 e 1.375,8 hectares.

O autarca sublinhou que, apesar de a área ardida não atingir os "números colossais" do Norte do país, os prejuízos por hectare no seu concelho são tendencialmente superiores devido aos danos em explorações agropecuárias. Para João Grilo, esta é uma ação do Governo que "trata de forma desigual situações em tudo semelhantes".

Ambos os municípios, de maioria socialista, já contestaram formalmente a decisão junto do Ministério da Administração Interna e esperam que a resolução seja revista.

Reivindicam o alargamento do período de abrangência para "repor a justiça".

Os incêndios rurais em Portugal continental, desde julho, provocaram quatro mortos e, segundo dados provisórios, queimaram cerca de 252 mil hectares até 29 de agosto.

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