
Incêndios: Sindicatos europeus pedem mais investimento público



A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) e a Federação Sindical Europeia dos Serviços Públicos (FSESP) solicitaram um aumento do investimento público nos serviços de combate a incêndios, considerando que 2025 se está a revelar um ano recorde, com mais de 1.600 incêndios. As organizações sindicais defendem que a União Europeia (UE) deve suspender as suas regras de governação económica para permitir que os governos nacionais invistam na preparação e resposta a fenómenos meteorológicos extremos, que consideram ser sinais claros de uma crise climática com consequências cada vez mais intensas.
Num comunicado divulgado pela UGT, as confederações assinalam uma contradição: enquanto a área total ardida por incêndios florestais aumentou 10% entre 2023 e 2024, os orçamentos destinados aos serviços de combate a incêndios estagnaram em cerca de 0,5% da despesa pública, segundo dados do Eurostat. Adicionalmente, o número de bombeiros é descrito como "alarmantemente baixo", tendo mesmo diminuído em 2024 em países como a Bélgica (-10%), Portugal (-6%), Chipre (-4%) e Croácia (-3%).
Nestes últimos três países, os danos provocados pelos incêndios aumentaram drasticamente, com a área ardida a crescer 43%, 79% e 44%, respetivamente.
Os dados de 2025 mostram a gravidade da situação. Segundo o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, a área ardida em território comunitário passou de pouco mais de 400 mil hectares no início de julho para perto de 1.600.000 hectares a 19 de agosto.
Este valor ultrapassa largamente a média anual registada entre 2006 e 2024, que nunca excedeu os 600 mil hectares.
Uma avaliação da AFP, baseada em dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis), confirma que os incêndios já devastaram mais de um milhão de hectares na UE em 2025, superando em apenas oito meses o recorde de um ano inteiro. A secretária-geral da CES, Esther Lynch, classificou o número de bombeiros como "escandalosamente baixo", enquanto o secretário-geral da FSESP, Jan Willem Goudriaan, defendeu a necessidade de aumentar substancialmente o investimento público na manutenção das florestas, gestão das águas e nos próprios serviços de combate a incêndios.
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