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Despesa com gestão de fogos rurais fica 25% abaixo do previsto, mas meios humanos e materiais nunca foram tão elevados
Despesa do sistema de gestão de fogos rurais 25% abaixo do previsto
A despesa do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais ficou 25% abaixo do valor previsto entre 2020 e 2024, apesar de os meios humanos e materiais envolvidos terem atingido um nível sem precedentes.
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Um relatório da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), publicado esta terça-feira, revela que a despesa executada no âmbito do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) entre 2020 e 2024 totalizou 2.427 milhões de euros. Este valor representa uma execução 25% inferior ao previsto nos instrumentos de planeamento, como o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR) e o Programa Nacional de Ação (PNA), que estimavam uma despesa de 3.235 milhões de euros, resultando numa diferença de 808 milhões de euros.
Apesar da despesa global ter ficado aquém do planeado, o relatório, que analisa dados desde 2017, sublinha que os meios humanos e materiais envolvidos nunca foram tão elevados. A análise da distribuição da despesa executada mostra que 21% foram destinados a incentivos de apoio à agricultura em territórios vulneráveis e à produção pecuária ligada à gestão de combustível. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e as Associações de Bombeiros Voluntários receberam 16% do total, a mesma percentagem que foi alocada ao reforço dos meios da Força Aérea. Por sua vez, as ações da Guarda Nacional Republicana (GNR) de fiscalização, vigilância e supressão, e as verbas para o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas representaram, cada um, 15% da despesa.
O documento destaca um aumento significativo dos recursos em várias entidades desde 2017.
Na ANEPC, verificou-se um acréscimo de 58% nos recursos humanos e de 62% no número de veículos, com a despesa total a aumentar 186% em 2024 face a 2017, passando de cerca de 36 milhões para 103 milhões de euros. As verbas para as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e para o dispositivo aéreo militar duplicaram no mesmo período. Já na GNR, o aumento da despesa foi de 90% entre 2017 e 2024, subindo de 48 milhões para 91 milhões de euros.
A AGIF, criada em 2018, é a entidade responsável pela coordenação e avaliação do SGIFR, sendo as verbas contabilizadas provenientes de vários ministérios e serviços estatais.
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