
Destruídos 300 hectares de espaço ‘rewilding’ em Pinhel



Um incêndio que deflagrou em Cinco Vilas, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, alastrou ao concelho vizinho de Pinhel, consumindo cerca de 300 hectares de vegetação. A área atingida inclui o Ermo das Águias, um espaço gerido pela organização não governamental (ONG) Rewilding Portugal, que se encontrava em processo de restauro ecológico. Apesar da dimensão do fogo, a Rewilding Portugal, sediada na Guarda, confirmou que todos os animais que habitam na propriedade estão em segurança.
Entre eles encontram-se manadas de cavalos Sorraia, uma raça autóctone portuguesa, e de Tauros, um bovino semelhante ao extinto auroque.
Estes herbívoros semisselvagens foram introduzidos no Ermo das Águias em 2022 e desempenham um papel fundamental na gestão natural da paisagem e na prevenção de incêndios, através do controlo da biomassa.
Os danos não se limitaram à área de renaturalização.
Muitos parceiros locais da Rewilding Portugal, incluindo apicultores e agricultores, sofreram perdas significativas em terrenos, apiários, sistemas de rega e maquinaria.
Em resposta, a ONG lançou uma campanha de ‘crowdfunding’ com o objetivo de financiar a recuperação do Ermo das Águias, apoiar os parceiros afetados e implementar medidas preventivas para aumentar a resiliência do território a fenómenos extremos.
Pedro Prata, dirigente da Rewilding Portugal, afirmou que a iniciativa visa dar uma resposta rápida no pós-fogo.
Enquadrou o incidente numa tendência preocupante, previsível devido às condições climáticas, descrevendo-a como “uma nova realidade com a qual temos de lidar devido às alterações climáticas”.
O alerta sobre o impacto dos incêndios na biodiversidade estende-se a Espanha, onde outras ONGs reportaram a destruição de habitats críticos para o urso pardo na cordilheira cantábrica, apelando a um maior investimento na prevenção.
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