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Incêndios: Área ardida na UE supera 1 milhão de hectares e é já um recorde anual

O ano de 2025 assinala uma temporada de incêndios florestais sem precedentes na União Europeia, que já registou um recorde histórico de área ardida. Em Portugal, um dos países mais afetados, a devastação levou o Governo a aprovar um vasto pacote de medidas de emergência e um plano de longo prazo para a floresta.
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A temporada de incêndios de 2025 já é a pior de que há registo na União Europeia, com mais de um milhão de hectares consumidos pelas chamas, superando o máximo anterior de 2017.

As condições meteorológicas extremas, como temperaturas elevadas, seca prolongada e ventos fortes, associadas às alterações climáticas, agravaram a situação.

Espanha é o país mais atingido, com cerca de 400.000 hectares ardidos, seguida por Portugal, com aproximadamente 274.000 hectares.

A crise resultou também em emissões recorde de dióxido de carbono e causou vítimas mortais em vários países, incluindo três em Portugal e quatro em Espanha. Em Portugal, as regiões do Norte e Centro são as mais fustigadas, onde a predominância de pinhais e eucaliptais contribui para a rápida propagação do fogo.

Entre 1 e 20 de agosto, registaram-se 1902 ocorrências, um aumento de 65% em relação ao período homólogo de 2024.

O fogo posto é apontado como a segunda principal causa dos incêndios no país.

A devastação não se limitou a áreas florestais, afetando também terrenos agrícolas, habitações e infraestruturas, com prejuízos que já ultrapassam os 30 milhões de euros.

Em resposta à crise, o Governo português reuniu-se em Conselho de Ministros extraordinário e aprovou um pacote com 45 medidas de apoio imediato.

Para as famílias, foram anunciadas comparticipações para a reconstrução de habitações, isenção de taxas moderadoras, medicamentos gratuitos e apoios pecuniários. Para as empresas e agricultores, foram criados apoios à tesouraria, à manutenção de postos de trabalho, à alimentação animal e isenções fiscais, como a das contribuições para a Segurança Social. Além das medidas de emergência, foi aprovado um Decreto-Lei para a recuperação de habitats e biodiversidade e apresentado um plano de longo prazo, designado “Floresta 2050, Futuro + Verde”. Este plano a 25 anos, que será debatido na Assembleia da República, prevê um investimento médio anual de 246 milhões de euros e inclui mais de 30 medidas, como o recurso ao pastoreio extensivo para redução de combustível, visando um pacto nacional para a gestão sustentável da floresta.

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