
PCP: Governo está mais preocupado com imagem



A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, criticou a postura do primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmando que as suas declarações, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros em Viseu, demonstram uma maior preocupação com a imagem do executivo do que com a resposta aos problemas das populações.
Como prova desta alegação, a deputada referiu o corte de 114 milhões de euros no investimento na floresta, realizado no ano passado no âmbito da reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). Em relação às medidas de apoio anunciadas para as populações, agricultores e produtores florestais, o PCP exige que estas sejam "efetivamente concretizadas", recordando que, no passado, muitas promessas feitas na sequência de incêndios foram implementadas com atraso ou nunca chegaram a ser cumpridas. Paula Santos mostrou-se cética quanto ao plano de gestão florestal apresentado, considerando-o uma repetição de anúncios já feitos por governos anteriores (PSD/CDS e PS) que carecem de concretização através de investimento real na floresta, valorização do mundo rural e reordenamento florestal. A líder parlamentar sublinhou que estas são questões identificadas há muito tempo, mencionando que as recomendações de uma comissão técnica independente, criada após os incêndios de Pedrógão Grande em 2017, não foram acatadas.
O PCP defende ainda uma reavaliação do sistema de Proteção Civil, com reforço de equipamentos, nomeadamente meios aéreos, e a valorização da carreira dos bombeiros. Paula Santos recordou que o partido já apresentou nesta legislatura um projeto de lei para o reconhecimento da profissão de bombeiro como sendo de desgaste rápido. Questionada sobre a não declaração do estado de calamidade, a deputada mencionou a "grande indignação" de populações e autarcas, defendendo que a medida deveria ser considerada "onde seja necessário".
Os incêndios rurais que afetam Portugal continental desde julho, com especial incidência nas regiões Norte e Centro, já provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, vários feridos e a destruição de habitações, explorações agrícolas e área florestal.
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