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Emissões Recorde na Europa Impulsionadas por Incêndios em Portugal e Espanha

Os incêndios florestais que devastaram Portugal e Espanha este verão levaram a Europa a atingir o nível mais alto de emissões de carbono dos últimos 23 anos de registos.
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O serviço europeu de observação da Terra, Copernicus, anunciou que as emissões de carbono na Europa, associadas aos incêndios florestais, atingiram um novo recorde. Desde o início do ano de 2025, os fogos libertaram 12,9 megatoneladas de carbono para a atmosfera, superando os recordes anteriores de 11,4 megatoneladas registados em 2003 e 2017. Este aumento significativo deveu-se principalmente aos incêndios de grande dimensão que fustigaram a Península Ibérica em meados de agosto. As emissões provenientes dos incêndios em Portugal e Espanha representam, por si só, cerca de três quartos do total europeu do ano em curso. Na região, os níveis de emissões, que se encontravam abaixo da média até ao início de agosto, aumentaram de forma acentuada em apenas uma semana.

Em Portugal continental, os incêndios afetaram sobretudo as regiões Norte e Centro, resultando em quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos.

Foram também destruídas total ou parcialmente habitações, explorações agrícolas e pecuárias, e áreas de floresta. De acordo com o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, o ano de 2025 é já o terceiro pior de sempre em termos de área ardida até 31 de agosto, com um total de 254 mil hectares consumidos pelas chamas. Em Espanha, a situação foi igualmente grave, com os incêndios a causarem quatro mortos e a queimarem mais de 350 mil hectares. Os cientistas estabelecem uma ligação entre o aquecimento global, provocado pela atividade humana, e a ocorrência de incêndios florestais mais intensos e frequentes.

Este fenómeno cria um círculo vicioso, em que os próprios incêndios libertam mais emissões poluentes, contribuindo para o aumento da temperatura do planeta.

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