Médio Tejo: Incendiarismo é a principal causa de fogos rurais apesar da redução de ocorrências e área ardida



O balanço do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para a sub-região do Médio Tejo, apresentado pelo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil, David Lobato, revela que entre 1 de janeiro e 15 de outubro de 2025 ocorreram 206 incêndios rurais, que consumiram um total de 113,235 hectares. Os dados foram divulgados numa reunião do Centro Coordenador Operacional Sub-Regional em Ourém, no distrito de Santarém.
A principal causa apontada para os fogos é a ação humana intencional.
Do total de ocorrências, 95 foram classificadas como intencionais, representando quase 50% do total.
A negligência foi a segunda causa mais comum, com 81 incêndios, seguida por quatro reacendimentos.
Apenas dois incêndios tiveram origem natural.
O comandante David Lobato reconheceu que o 'incendiarismo' é um 'grande problema' na região, que abrange onze concelhos.
O concelho de Ourém foi o que registou o maior número de fogos intencionais (46), de um total de 69 incêndios.
Já Abrantes, embora com menos ocorrências (60), teve a maior área ardida (68,682 hectares) e liderou nos fogos por negligência (25).
Apesar da elevada taxa de fogos de origem criminosa, o ano de 2025 apresenta uma melhoria significativa em comparação com o histórico dos últimos cinco anos (2020-2024). Registou-se uma redução de 19% no número de ocorrências e de 95% na área ardida face à média anual desse período. Este é o segundo melhor ano desde 2020, apenas superado por 2021 em número de fogos e área ardida. Em contraste, 2020 foi o ano com mais incêndios (313) e 2022 o que teve a maior área ardida (8.066,85 hectares).
David Lobato atribuiu os resultados positivos à estratégia de antecipação e monitorização, resumida na frase 'Ganhamos, antecipando'.
Medidas como o pré-posicionamento de meios, reforço de equipas e vigilância, envio de alertas à população e reuniões operacionais diárias foram cruciais.
O comandante salientou ainda que não se registaram vítimas mortais nem feridos graves.
Face ao problema do fogo posto, defendeu a necessidade de reforçar a sensibilização junto das populações, em colaboração com os municípios e as juntas de freguesia.
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