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Política Segunda-feira, Agosto 18

Incêndios. Sánchez propõe pacto nacional para enfrentar emergência climática

Face à devastação causada pelos incêndios florestais em Espanha e Portugal, surgem propostas de pactos de Estado e apelos urgentes para uma transformação profunda da gestão do território como forma de mitigar a emergência climática.
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Em Espanha, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, propôs um “amplo pacto de Estado para mitigar a emergência climática”, em resposta aos incêndios que assolam o país. Após visitar as áreas afetadas em Ourense, Sánchez prometeu fornecer todos os recursos necessários às comunidades autónomas e sublinhou a necessidade de melhorar as capacidades de combate aos fogos.

O pacto proposto visa envolver todas as administrações públicas, grupos parlamentares, empresas, sindicatos e a sociedade civil, deixando de lado “lutas partidárias e questões ideológicas”.

O objetivo é dotar os serviços públicos de melhores capacidades de resposta, tanto na prevenção como durante os incêndios.

O primeiro-ministro comprometeu-se a ter as bases da proposta prontas até setembro e destacou a importância da coordenação com o mecanismo europeu de Proteção Civil, agradecendo a solidariedade de vários países europeus. Em Portugal, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) alertou para a urgência de transformar a paisagem e a gestão florestal, após um ano de 2025 em que já arderam cerca de 60 mil hectares. A organização ambientalista destaca os incêndios de grande dimensão em Arouca, Penamacor e no Parque Nacional da Peneda-Gerês, que afetaram comunidades e ecossistemas.

A solução defendida pelo GEOTA passa por uma aposta em espécies autóctones, como o carvalho e o sobreiro, para restaurar a biodiversidade, conservar o solo e aumentar a resiliência do território às alterações climáticas, reduzindo o risco estrutural de incêndio.

O GEOTA considera que esta transformação da paisagem deve ser também uma “transformação social”, envolvendo as populações e o conhecimento local no planeamento.

Através dos seus projetos Renature, a organização já atua na serra de Monchique, na serra da Estrela e no Pinhal de Leiria, tendo plantado mais de 1,8 milhões de árvores em cerca de 3.000 hectares, com o envolvimento de mais de 700 comunidades e proprietários.

Testemunhos locais confirmam o impacto positivo destas ações, que contam com investimento privado e parcerias institucionais.

O GEOTA conclui com um apelo à ação imediata, afirmando que “o tempo da prevenção, do planeamento e da recuperação é agora”.

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