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Incêndios. Portugal vive "situação crónica" e indústria é "castigada", diz AIMMP

Os incêndios em Portugal tornaram-se um flagelo crónico que atravessa décadas e governos, com a indústria da madeira a sentir-se injustamente penalizada e a apontar o fogo posto como o principal problema.
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A Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) classifica a situação dos incêndios no país como "crónica", um problema económico, social e ambiental que persiste há décadas sem uma solução definitiva. Segundo Vítor Poças, presidente da associação, a indústria tem sido "castigada de forma injusta, desproporcional e inadequada", apesar de ser um agente que poderia proteger e cuidar da floresta. A crítica da AIMMP foca-se, em parte, nas medidas governamentais durante os estados de alerta, que proíbem trabalhos florestais com máquinas. A associação argumenta que o perigo de ignição por estes equipamentos é residual e que, quando ocorre, os próprios operadores conseguem extinguir o foco rapidamente. Em contrapartida, a AIMMP sublinha que o verdadeiro problema reside nas ignições dolosas, que são frequentemente noturnas, em locais inacessíveis e com múltiplos focos, numa altura em que os meios aéreos já não podem operar.

As ignições de causa natural, segundo a associação, representam apenas entre 0,5% e 1% do total.

O abandono da floresta é apontado como um fator que agrava a propagação dos fogos, resultando em parcelas mais pequenas e menos rentáveis, o que desincentiva o seu cuidado. A AIMMP refere que existem zonas em Portugal que "já arderam sete vezes".

Como soluções, a associação propõe o reforço da vigilância, a melhoria dos acessos, a agregação de terrenos para criar unidades mais rentáveis, o aumento do investimento na Polícia Judiciária e um ajustamento da moldura penal para facilitar a aplicação de penas.

Este verão, os incêndios rurais de grande dimensão afetaram sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal continental, resultando em quatro mortos, vários feridos e a destruição de habitações e explorações. Dados provisórios oficiais indicam que, até 29 de agosto, arderam cerca de 252 mil hectares no país.

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