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Associação Empresarial da Serra da Lousã exige medidas reforçadas face aos incêndios

A associação que representa as empresas de pirotecnia critica a proibição geral de fogos-de-artifício imposta pelo Governo devido aos incêndios, argumentando que a medida é indiscriminada e causa graves prejuízos económicos ao setor.
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A Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos (ANEPE) criticou a “aplicação indiscriminada” dos despachos de alerta de incêndio que proíbem espetáculos de pirotecnia em todo o país. A associação argumenta que a medida é desproporcional ao ser aplicada a cidades e zonas costeiras, onde o risco de incêndio é “praticamente nulo”, e defende que estas áreas deveriam ser excluídas das restrições para aliviar o setor financeiramente. A ANEPE expressa solidariedade com o país face aos incêndios, mas recusa ser responsabilizada por um problema que, segundo a mesma, não tem origem na pirotecnia, recordando que, por lei, já não se realizam espetáculos em áreas florestais há quase 20 anos.

A decisão do Governo, em vigor desde 2 de agosto, é descrita como tendo “efeitos devastadores”, uma vez que o verão representa mais de metade do volume de negócios do setor, colocando em risco cerca de 15.000 postos de trabalho diretos e indiretos. Como alternativa, a associação propõe que as decisões se baseiem em “critérios técnicos claros”, como os mapas de perigo de incêndio do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a avaliação específica de cada local. A ANEPE salienta que os espetáculos já cumprem planos de segurança rigorosos, validados por bombeiros, forças de segurança e autarquias. A associação lamenta ainda a falta de diálogo por parte do Governo, afirmando que empresas e profissionais ficam a conhecer as decisões através da comunicação social, e apela à abertura de canais de comunicação para encontrar soluções equilibradas.

Este protesto surge num contexto em que Portugal continental tem sido severamente afetado por incêndios rurais desde julho, principalmente nas regiões Norte e Centro.

Os fogos já provocaram três mortos, vários feridos e, até 20 de agosto, queimaram mais de 222 mil hectares, destruindo habitações e explorações agrícolas.

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