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Europa sobre Carris: O Plano de Bruxelas para Unir o Continente com Alta Velocidade até 2040

A Comissão Europeia apresentou um ambicioso plano de ação para interligar os principais nós de transporte da União Europeia através de uma rede ferroviária de alta velocidade até 2040, visando tornar o comboio numa alternativa competitiva às viagens aéreas de curta distância.
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O novo plano de ação para a ferrovia de alta velocidade da Comissão Europeia visa criar, até 2040, uma rede europeia mais rápida, interoperável e conectada. O objetivo é ligar os principais centros de transporte a velocidades de 200 km/h ou superiores, reduzindo significativamente os tempos de viagem para impulsionar as economias regionais, o turismo e aumentar o número de passageiros, tornando o comboio mais atrativo que as viagens aéreas de curta distância. O plano detalha várias ligações cruciais, como a de Lisboa a Madrid, que passará de cinco horas em 2030 para três horas em 2034, e de Madrid a Paris em seis horas. Outras conexões incluem a ligação dos países Bálticos (Talin-Riga em 1h45, Riga-Vílnius em 2h, e Vílnius-Varsóvia em 4h), a redução do trajeto Berlim-Copenhaga de sete para quatro horas, e a viagem de Sófia a Atenas em seis horas, em vez das atuais 13h40.

Além de encurtar viagens, o projeto pretende aliviar o congestionamento nas linhas convencionais, libertando capacidade para comboios noturnos, transporte de mercadorias e mobilidade militar.

Para a sua concretização, Bruxelas apela aos Estados-membros que eliminem estrangulamentos transfronteiriços e desenvolvam uma estratégia de financiamento coordenada, que inclua capital privado.

O investimento necessário é estimado em 345 mil milhões de euros até 2040 e 546 mil milhões até 2050, com um retorno social líquido positivo previsto de 750 mil milhões de euros. Já foram mobilizados 100 mil milhões de euros de fundos europeus e 40 mil milhões através do Banco Europeu de Investimento. Paralelamente, o comissário europeu dos Transportes, Apostolos Tzitzikostas, anunciou que será apresentada no início de 2026 uma proposta para um sistema de bilhete único.

Este sistema permitirá aos passageiros reservar e comprar, numa única transação, viagens transfronteiriças que combinem diferentes operadores e modos de transporte, como comboio e avião.

Adicionalmente, foi adotado um plano para impulsionar o investimento em transportes sustentáveis, com foco na aviação e transporte marítimo, visando mobilizar pelo menos 2,9 mil milhões de euros até 2027.

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