Inflação Estável, Indústria Fraca: O Retrato Económico da Zona Euro em Novembro



A taxa de inflação homóloga da zona euro situou-se nos 2,2% em novembro, um valor estável em comparação com o mesmo mês de 2024 e ligeiramente acima dos 0,1 pontos percentuais de outubro, de acordo com as estimativas do Eurostat.
Este indicador foi o foco principal dos mercados financeiros.
A inflação subjacente, que exclui os preços mais voláteis da energia e dos alimentos não processados, foi de 2,4%. A análise detalhada das componentes da inflação mostra que o setor dos serviços registou a maior subida de preços (3,5%), seguido pela alimentação (2,5%) e pelos bens industriais não energéticos (0,6%). Em sentido contrário, os preços da energia registaram uma descida de 0,5%. Entre os países da área do euro, as maiores taxas de inflação foram observadas na Estónia (4,7%), Croácia (4,3%) e Áustria (4,1%).
No extremo oposto, com os valores mais baixos, encontram-se Chipre (0,2%), Itália (1,1%) e Finlândia (1,4%).
Portugal registou uma taxa de inflação de 2,1%. Apesar da estabilidade dos preços, outros indicadores económicos revelam um cenário de abrandamento.
O índice PMI do setor transformador da zona euro caiu para 49,6 em novembro, o seu nível mais baixo desde junho, o que indica uma contração na atividade industrial.
Esta quebra deve-se à fraca procura, com a S&P Global a destacar o impacto negativo da fragilidade económica na Alemanha e em França.
No mercado cambial, o euro valorizou face ao dólar, negociando acima dos 1,1621 dólares, impulsionado pela perspetiva de que a Reserva Federal dos EUA irá baixar as taxas de juro. Do lado europeu, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, afirmou que o nível atual de 2% para as taxas de juro é considerado adequado, se as circunstâncias se mantiverem.













