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Cenário Empresarial em Portugal

O panorama empresarial português revela um cenário de contrastes nos primeiros oito meses de 2025, com um aumento significativo das insolvências a ser contrabalançado por uma ligeira subida na constituição de novas empresas.
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As ações de insolvência em Portugal aumentaram 8% até agosto de 2025, em comparação com o período homólogo de 2024, totalizando 2.406 processos, segundo dados da Iberinform. Só no mês de agosto, registou-se um crescimento de 23%, com 154 empresas insolventes.

As declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas cresceram 29% (655 processos), enquanto as requeridas por terceiros subiram 25% (541 ações).

Em contrapartida, os encerramentos com plano de insolvência diminuíram 44%. Em termos geográficos, os distritos de Lisboa e do Porto concentraram o maior volume de insolvências, com 561 e 604 casos, respetivamente, representando um aumento de 15% em ambos.

Os crescimentos mais acentuados ocorreram em Castelo Branco (+36%), Viana do Castelo (+32%) e Leiria (+30%).

Em sentido inverso, as maiores quebras registaram-se na Madeira (-37%), em Beja (-31%) e na Guarda (-25%).

Setorialmente, a Agricultura, Caça e Pesca (+69%) e as Telecomunicações (+67%) foram as áreas com maior subida de insolvências, enquanto o setor da Eletricidade, Gás e Água apresentou a maior redução (-50%).

Apesar do aumento das insolvências, a constituição de novas empresas registou uma ligeira subida de 0,9% no acumulado do ano, totalizando 35.537 novas entidades. No entanto, o mês de agosto revelou uma retração de 24% face ao mesmo mês de 2024, com a criação de 2.550 empresas. Lisboa liderou em número de constituições (10.904), seguida pelo Porto (6.130).

Os maiores crescimentos na criação de empresas verificaram-se em Viseu (+20%), Ponta Delgada (+13%) e Évora (+12%). No que diz respeito aos setores de atividade, a criação de empresas foi mais expressiva na Agricultura, Caça e Pesca (+22%) e na Construção e Obras Públicas (+14%).

Por outro lado, os setores das Telecomunicações e dos Transportes registaram as maiores quebras, com decréscimos de 30% e 24%, respetivamente.

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