
Desistência de Mais de 870 Camas de Cuidados Continuados Financiadas pelo PRR



A Associação Nacional de Cuidados Continuados (ANCC) alertou para o facto de mais de 100 milhões de euros do PRR, destinados à criação de novas camas, poderem ser desperdiçados.
A causa apontada são os "enormes atrasos" em obras que não ficarão concluídas dentro do prazo estipulado.
Segundo o presidente da ANCC, José Bourdain, o Governo incentivou as unidades a avançarem com os projetos, apesar de ter lançado os avisos e analisado as candidaturas "demasiado tarde". Bourdain reconheceu que os atrasos foram herdados do governo anterior, mas criticou o atual por não ter imprimido uma nova dinâmica ao processo.
Como exemplo, citou o concelho de Sintra, que considera o "mais prejudicado do país", onde candidaturas para mais de 400 camas de internamento não avançaram. Adicionalmente, a ANCC aponta o subfinanciamento como um problema, afirmando que o valor por metro quadrado de construção é insuficiente.
Em resposta, o Ministério da Saúde, através da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS), refutou as acusações. O ministério esclareceu que as instituições assinaram os contratos no âmbito do PRR após a publicação dos avisos e a análise das candidaturas, pelo que não podem invocar atrasos nessas fases para justificar o incumprimento do prazo contratual, fixado em 30 de junho de 2026. Os contratos incluem uma cláusula que obriga à devolução do financiamento em caso de incumprimento, o que levou alguns beneficiários a solicitar a rescisão dos contratos perante a impossibilidade de concluir os projetos a tempo. Relativamente ao financiamento, o Ministério da Saúde sublinhou que o valor por cama está legalmente definido e é público, cabendo aos beneficiários ajustar os projetos ao montante do PRR ou recorrer a capitais próprios.
Atualmente, existem 6.899 camas e lugares contratados com os setores privado e social, tendo sido registadas desistências relativas a 876 camas.
O ministério destacou ainda que o PRR já permitiu cumprir a meta de reforço da resposta domiciliária, com a criação de 1.376 novos lugares em equipas de cuidados continuados integrados.
Artigos
12











Atualidade
Ver mais
Hoje é notícia: Importar comida? Dava para aeroporto; "Encomendei morte"
Confira as primeiras páginas dos jornais nacionais deste domingo, 21 de setembro de 2025.

"A liberdade não se desenha com grades": ISCTE quer apoiar reintegração de ex-reclusos através da habitação
O projeto "Housing as a Tool for Freedom", do ISCT - Instituto Universitário de Lisboa, vai estudar as trajetórias habitacionais de pessoas que foram detidas e testar novos modelos de habitação para reintegração. “A casa é um dos alicerces da liberdade”, defende a coordenadora Joana Pestana Lages.

Fogo em Montalegre "continua a arder com intensidade"
Pelas 5h45, estavam no local 189 operacionais e 50 meios terrestres, em ambos os casos quase o dobro do registado ao final da tarde de sábado

Estás mesmo a precisar de ir para a escola!
Numa sala de aula é importante conter os comportamentos desajustados logo no início, antes que escalem e sejam replicados pelos restantes alunos. Opinião de Elsa de Barros