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Reforma do SNS: Integração de Cuidados Melhora, Mas Desafios Financeiros e Clínicos Travam Progresso

A integração de cuidados entre hospitais e centros de saúde no Serviço Nacional de Saúde melhorou desde a reforma de 2024, mas persistem desafios significativos, especialmente nas áreas clínica e financeira, segundo revela o segundo Barómetro da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.
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A segunda edição do Barómetro de Integração de Cuidados, promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), conclui que a integração entre os cuidados de saúde primários e hospitalares melhorou no último ano, embora subsista "um caminho longo a percorrer". A reforma, iniciada em 2024, criou 31 novas Unidades Locais de Saúde (ULS), que se juntaram às oito já existentes, totalizando 39, com o objetivo de unificar a gestão dos cuidados.

Com base num inquérito a 7.385 profissionais do SNS, a integração foi avaliada com 3,29 pontos numa escala de zero a cinco, uma melhoria face aos 3,02 da primeira edição, representando uma avaliação "moderadamente positiva".

Apesar da evolução, o estudo, apresentado por Xavier Barreto, presidente da APAH, aponta para a persistência de lacunas na dimensão clínica. A falta de definição de percursos comuns para os doentes e de critérios de referenciação partilhados entre os diferentes níveis de cuidados são os principais obstáculos. Segundo Barreto, a criação de um percurso consensualizado para o utente é uma ideia fundamental que continua por implementar na maioria das ULS, indicando que ainda há muito trabalho a desenvolver para alcançar a plena integração clínica.

A dimensão financeira foi a que recebeu a pior pontuação por parte dos profissionais.

A principal razão, explicou Xavier Barreto, é a falta de alinhamento na política de incentivos.

Enquanto os profissionais dos cuidados de saúde primários são remunerados com base no seu desempenho, o mesmo não acontece, na maioria dos casos, nos cuidados hospitalares, onde estas práticas são "experiências muito limitadas".

Esta dissonância, segundo o administrador hospitalar, é um obstáculo para que todos os profissionais "remem para o mesmo lado". Para superar esta dificuldade, o presidente da APAH sugere a criação de equipas partilhadas que definam estratégias e incentivos comuns para o tratamento de doenças como a diabetes e a hipertensão. O barómetro revelou ainda assimetrias regionais, com a perceção de integração a ser maior no norte do que no sul, possivelmente devido à maior escassez de profissionais e menor cobertura de médicos de família no sul. As oito ULS mais antigas, criadas antes de 2024, apresentam um nível de integração superior, o que é considerado expectável devido à maior maturação das suas equipas. Xavier Barreto considera que a generalização das ULS foi uma "ideia boa e que merece ser prosseguida", apesar de ter sido implementada com "alguns problemas à partida", como nos sistemas de informação. O processo de integração, admite, demorará tempo, pois exige uma mudança cultural em que cada profissional se veja como parte de uma equipa multidisciplinar.

A iniciativa da APAH contou com o apoio da EY, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e da Bayer.

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