
Investigação à TAP por indemnização a ex-administradora



O Ministério Público anunciou esta terça-feira a realização de buscas nas instalações da TAP.
A operação insere-se num inquérito que investiga o pagamento de uma indemnização a uma antiga administradora da companhia aérea, Alexandra Reis, um caso que gerou polémica em 2022. As diligências, presididas por procuradores da República e um juiz de instrução, com o auxílio de inspetores da Polícia Judiciária, não se limitaram à sede da transportadora aérea. As buscas estenderam-se a um escritório de advogados em Lisboa e incluíram "pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo", conforme detalhado numa nota da Procuradoria da República da Comarca de Lisboa.
A investigação visa a apreensão de documentação relevante para o processo. Na base do inquérito estão suspeitas da prática de vários crimes de natureza económica, nomeadamente administração danosa, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder. O foco da investigação é a indemnização de 500 mil euros paga pela TAP a Alexandra Reis em 2022, aquando da sua renúncia como vogal e membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, que se deu por mútuo acordo entre as partes.
Em resposta aos acontecimentos, a TAP emitiu uma comunicação escrita à agência Lusa, na qual garante que "colabora sempre com as autoridades em todas e quaisquer investigações".
A companhia aérea acrescentou ainda que não comenta processos judiciais em curso.
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