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Adesão à ASEAN: Entre a Esperança e o Imperativo do Desenvolvimento Económico para Timor-Leste

Timor-Leste prepara-se para se tornar o 11.º Estado-membro da ASEAN, um marco histórico que acarreta novas esperanças, mas que sublinha a urgência de fortalecer a economia nacional para competir na nova conjuntura regional.
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Timor-Leste vai formalizar a sua adesão à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no domingo, dia 26 de outubro, tornando-se o 11.º Estado-membro da organização.

A cerimónia terá lugar em Kuala Lumpur, Malásia, 14 anos após o país ter apresentado o seu pedido de admissão.

O primeiro-ministro, Xanana Gusmão, confirmou que todos os requisitos necessários foram cumpridos, tanto pelo parlamento como pelo governo.

Apesar do momento histórico, o chefe do governo timorense alertou que o país não pode depender da ASEAN e tem a responsabilidade de identificar e superar os obstáculos ao seu próprio desenvolvimento económico.

Xanana Gusmão expressou preocupação com a excessiva dependência das importações e com a fragilidade do setor privado, que se concentra maioritariamente na construção.

A adesão implica a integração no Acordo sobre o Comércio de Mercadorias da ASEAN (ATIGA), que visa o livre fluxo de bens e a redução de tarifas, aumentando a pressão competitiva. Para enfrentar estes desafios, o governo anunciou a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento de Timor-Leste, com o objetivo de apoiar o setor privado e os empresários nacionais através da concessão de crédito. Segundo o primeiro-ministro, a falta de recursos financeiros é um dos principais entraves para os timorenses no setor privado, e no próximo ano serão disponibilizados fundos para os apoiar. Os partidos políticos timorenses receberam a adesão de forma positiva, considerando-a um "interesse nacional" que traz "novas esperanças". No entanto, existe um consenso sobre a necessidade de preparar a economia para competir com os outros países-membros e de criar legislação adequada para proteger o país num ambiente de maior circulação de pessoas e capital.

A estabilidade política foi também referida como um fator chave para o desenvolvimento.

Num esforço paralelo de desenvolvimento sustentável, o governo instituiu o dia 05 de junho como o Dia Nacional do Mar, promovendo a "Economia Azul" como parte da estratégia de crescimento do país.

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