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Investigação a Investidores do Marítimo por Ligações ao Crime Organizado

A tentativa de compra de uma participação na Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Marítimo por empresários brasileiros está a ser investigada por suspeitas de branqueamento de capitais e ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil.
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Um grupo de investidores brasileiros, representado pela empresa Revee S.A., está sob investigação das autoridades brasileiras por alegadas ligações a uma rede de branqueamento de capitais associada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Federal, foca-se na tentativa de compra de 40% da SAD do Marítimo por 15 milhões de euros. O acordo, já aprovado em assembleia geral pelos sócios do clube com 337 votos a favor, previa ainda a possibilidade de a participação aumentar para 51% mediante um pagamento adicional de 4,125 milhões de euros, caso o clube subisse à Primeira Liga. As autoridades suspeitam que os investigados utilizam um conjunto de empresas para legalizar fundos provenientes do comércio ilegal de combustíveis, uma atividade controlada pelo PCC.

A investigação aponta para figuras centrais como João Carlos Mansur, presidente da Revee, e Luís Davantel, ex-CEO da empresa e principal intermediário no negócio com o Marítimo.

Ambos renunciaram aos seus cargos na sequência das suspeitas.

A Revee S.A., por ser uma empresa cotada em bolsa, foi questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil, o que levou ao cancelamento de um aumento de capital considerado essencial para a concretização do negócio.

A empresa recusou comentar a investigação, mas confirmou alterações na sua estrutura, com a nomeação de Leonardo Donato como novo CEO, e reafirmou o seu compromisso com a transparência. Apesar da polémica, o presidente do Marítimo, Carlos André Gomes, afirmou que a parceria com a Revee se mantém, descrevendo a situação como um processo de reestruturação interna da empresa brasileira.

Em Portugal, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) está a acompanhar o caso para assegurar que a operação cumpre todos os requisitos legais.

O futuro do negócio permanece incerto, com as investigações em curso a lançarem sérias dúvidas sobre a entrada dos investidores no capital do clube madeirense.

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