
Proposta Nuclear Iraniana e Votação de Sanções na ONU



O Irão instou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a optar pela diplomacia em vez do confronto, perante uma votação agendada para esta sexta-feira sobre a eventual reintrodução de sanções internacionais devido ao seu programa nuclear.
Em paralelo, Teerão apresentou uma nova proposta aos países europeus, descrita pelo chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, como "criativa, justa e equilibrada", e que visava abordar preocupações "legítimas e mutuamente benéficas".
No entanto, o plano, apresentado ao Reino Unido, Alemanha e França, foi rejeitado.
A tensão surge poucos dias antes da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
A votação no Conselho de Segurança acontece no contexto do acordo nuclear de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA).
Este acordo foi assinado entre o Irão e um grupo de potências mundiais (França, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Rússia e China) e previa controlos sobre as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento das sanções. O pacto foi ratificado pela Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que expira em meados de outubro.
O cenário complicou-se em 2018, quando os Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, se retiraram unilateralmente do acordo e reimpuseram as suas próprias sanções a Teerão.
Em resposta, o Irão recuou em alguns dos seus compromissos assumidos no âmbito do JCPOA, nomeadamente no que diz respeito ao enriquecimento de urânio.
Os países ocidentais suspeitam que o Irão procure desenvolver armas nucleares, uma acusação que Teerão nega, defendendo o seu direito a um programa nuclear para fins civis.
Apesar do apelo iraniano por uma via diplomática, a votação para reintroduzir as sanções avança. Contudo, alguns analistas consideram que a confirmação das sanções poderá, paradoxalmente, criar uma nova oportunidade para negociações sobre o futuro do programa nuclear do país.
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