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Discurso de Trump em Israel e a Reação Iraniana

As recentes declarações de Donald Trump em Israel, onde se apresentou como um mediador de paz para o Médio Oriente, foram recebidas com ceticismo e forte condenação por parte do Irão, que aponta para a contradição entre as palavras do presidente norte-americano e as recentes ações militares dos EUA.
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Durante uma visita a Israel, o presidente dos EUA, Donald Trump, proferiu um discurso no Knesset que gerou reações fortes e contraditórias.

Recebido de forma subserviente pelos dirigentes israelitas, Trump apresentou-se como uma figura messiânica, capaz de terminar com mais de dois mil anos de conflitos na região. No seu discurso, elogiou repetidamente a sua equipa e a si mesmo, ao mesmo tempo que denegria publicamente os seus próprios generais, apelidando-os de "generais de gabinete".

Trump interveio ainda no processo judicial por corrupção do primeiro-ministro israelita, a quem chamou de "amigo Bibi", sugerindo que este merecia um indulto presidencial por acusações que considerou irrelevantes. Em resposta direta ao discurso, no qual Trump mencionou a possibilidade de um acordo de paz, o Irão rejeitou veementemente as suas palavras.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou a disponibilidade de Trump para o diálogo uma contradição face às "ações hostis e criminosas" dos Estados Unidos contra o povo iraniano.

As autoridades de Teerão questionaram como é possível "atacar áreas residenciais pacíficas e instalações nucleares de um país, matar mais de mil pessoas, incluindo mulheres e crianças inocentes, e depois fingir falar sobre paz e amizade".

A tensão surge num contexto delicado.

Entre abril e junho, o Irão e os EUA realizaram cinco rondas de negociações nucleares.

No entanto, o processo foi interrompido quando Israel iniciou uma guerra contra o Irão, atacando instalações militares, nucleares e civis.

Os EUA envolveram-se diretamente no conflito a 22 de junho, bombardeando as três principais centrais nucleares iranianas, o que Teerão classificou como uma "traição à diplomacia".

Em retaliação, o Irão atacou uma base aérea no Qatar com tropas norte-americanas.

No seu discurso, Trump condicionou um acordo de paz com o Irão à resolução prévia do conflito na Ucrânia e manifestou-se disponível para levantar as "muito severas" sanções quando Teerão estivesse "pronto para falar".

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