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Renúncia de Isabel Pires de Lima da Presidência de Serralves

Isabel Pires de Lima renunciou ao cargo de presidente do conselho de administração da Fundação de Serralves, menos de um ano após a sua nomeação, invocando falta de "condições de confiança e solidariedade institucional". A decisão, com efeitos imediatos, expõe tensões internas e "pressões externas" no seio de uma das mais importantes instituições culturais do país.
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A ex-ministra da Cultura e professora emérita da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Isabel Pires de Lima, demitiu-se da presidência do conselho de administração da Fundação de Serralves. Num comunicado divulgado e assinado pela própria, Pires de Lima, natural de Braga, justifica a decisão, tomada "após profunda reflexão", com a ausência de "condições de confiança e solidariedade institucional" no atual conselho, que a impediam de "exercer o cargo em plenitude".

A renúncia tem "efeitos imediatos" para evitar o prolongamento de uma "situação desconfortável" e "prejudicial ao saudável funcionamento da Fundação".

Nomeada no final do ano anterior para suceder a Ana Pinho, Isabel Pires de Lima esteve no cargo por pouco mais de meio ano.

A ex-governante, que já tinha sido vice-presidente do mesmo órgão desde 2015 em representação do Estado, afirmou que os "consensos" e a "confiança mútua" que caracterizaram os seus nove anos na instituição deixaram de existir.

Apontou para uma "tendência para a criação de uma certa desconfiança" e "pressões externas ao conselho", sugerindo que as contribuições de alguns membros eram "previamente combinadas fora" das reuniões. No seu comunicado de despedida, Pires de Lima defendeu que um espaço de arte como Serralves "tem, a todo o momento, de incomodar, desestabilizar, interrogar", caso contrário torna-se um lugar de complacência.

Agradeceu aos fundadores e às equipas da fundação pelo "elevado profissionalismo e dedicação".

O atual conselho de administração da fundação sediada no Porto inclui os vice-presidentes Fernando Cunha Guedes, Luís Silva Santos e Paula Paz Ferreira, e os vogais Manuel Sobrinho Simões, Tomás Jervell, Armando Cabral, Maria do Carmo Oliveira e Luís Menezes.

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