Israel acusa o Hamas de violar o cessar-fogo após um soldado ficar ferido em Gaza



Israel acusou formalmente o Hamas de violar o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A acusação surge após um soldado israelita ter sofrido ferimentos ligeiros devido à detonação de um engenho explosivo improvisado contra um veículo blindado.
O incidente ocorreu durante uma operação do exército israelita que visava “limpar a área de Rafah de infraestruturas terroristas”, no sul do enclave palestiniano.
O militar ferido foi transportado para um hospital para receber tratamento.
Num comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o governo israelita classificou a ação como uma confirmação das “intenções violentas” do Hamas. O documento refere que “a recusa pública e contínua [do Hamas] em desarmar-se constitui uma violação flagrante” dos acordos. Em resposta a este ato, Netanyahu advertiu que “Israel responderá em conformidade”, sinalizando uma possível retaliação militar. O governo de Israel reiterou ainda as condições que o Hamas deve cumprir no âmbito da trégua, que incluem a sua retirada do governo em Gaza, a completa desmilitarização do enclave e o início de um processo de desradicalização.
Estas exigências são pontos centrais nas negociações para uma paz duradoura na região.
Este episódio de tensão ocorre no contexto de uma frágil trégua em vigor desde 10 de outubro, que pôs fim a uma guerra de dois anos que, segundo o Ministério da Saúde local, causou mais de 70 mil mortos. O conflito foi desencadeado pelo ataque do Hamas em solo israelita a 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas. Paralelamente, o exército israelita confirmou a morte de Abdel Hay Zaqout, um responsável financeiro do braço armado do Hamas, num ataque aéreo a 13 de dezembro. Zaqout, que era responsável por transferir milhões de dólares para o grupo, foi morto juntamente com Raed Saad, um dos planeadores do ataque de 7 de outubro.














