
Israel ameaça tomar "medidas unilaterais" se Ocidente reconhecer Estado da Palestina



O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, alertou que Israel tomará “medidas unilaterais” caso os países ocidentais prossigam com o reconhecimento do Estado palestiniano.
A ameaça foi proferida durante uma visita do seu homólogo dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, a Jerusalém.
Saar argumentou que tal reconhecimento prejudica as hipóteses de paz, recompensa o terrorismo e ignora que a Autoridade Palestiniana, segundo ele, não cumpriu os seus compromissos de combate ao terrorismo estabelecidos nos Acordos de Oslo.
Embora não tenha especificado as medidas, outro ministro israelita, Bezalel Smotrich, já havia alertado que o reconhecimento levaria à “aplicação da soberania israelita sobre todas as partes da Judeia e Samaria”, nome utilizado por Israel para a Cisjordânia.
Em agosto, Israel já tinha aprovado a construção de 3.400 habitações numa zona da Cisjordânia, um ato considerado pela comunidade internacional como uma ameaça à viabilidade de um futuro Estado palestiniano. O aumento dos apelos ao reconhecimento da Palestina surge no contexto da devastadora campanha militar israelita na Faixa de Gaza, que dura há quase dois anos desde o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023. A crise humanitária resultante, que empurrou os palestinianos para a fome, intensificou a revolta internacional e os esforços em prol da solução de Dois Estados.
Liderados pela França e Arábia Saudita, vários países manifestaram o seu apoio a esta solução.
Na primavera de 2024, nações como Espanha, Irlanda, Noruega, Barbados e Jamaica reconheceram o Estado palestiniano.
Outros, como França, Reino Unido, Austrália, Bélgica e Canadá, indicaram planos para o fazer em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU.
Em Portugal, o primeiro-ministro anunciou em julho que iria consultar os partidos e o Presidente da República sobre a questão.
A tensão estende-se a outras frentes.
O Egito condenou qualquer intenção de Israel de transferir palestinianos através da passagem de Rafah, considerando o deslocamento forçado uma “linha vermelha”.
O conflito tem também repercussões no desporto, com a equipa de ciclismo “Israel Premier Tech” a enfrentar protestos na Volta a Espanha, o que a levou a alterar os seus equipamentos para priorizar a segurança dos atletas.
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