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Israel bombardeia por três vezes torre da Universidade Islâmica em Gaza

A ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza agrava-se com bombardeamentos contínuos que resultam em dezenas de mortos e na destruição de infraestruturas, aprofundando uma crise humanitária sem precedentes que mobiliza respostas internacionais.
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A ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e em outras nações do Médio Oriente intensificou-se, resultando num elevado número de vítimas civis e na destruição generalizada de infraestruturas. Nos últimos dias, ataques aéreos israelitas na Cidade de Gaza destruíram vários edifícios, incluindo a torre Al Madina Al Manawara, no complexo da Universidade Islâmica, que servia de refúgio a civis deslocados. As forças israelitas alegam que estes locais eram utilizados pelo Hamas para fins militares, mas os ataques resultaram em dezenas de mortos e feridos diariamente, com um balanço de mais de 45 fatalidades num único dia. No total, a ofensiva de retaliação de Israel, iniciada após o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, já causou mais de 64 mil mortos em Gaza, na sua maioria mulheres e crianças, segundo dados das autoridades locais considerados credíveis pela ONU.

A situação humanitária no enclave é catastrófica, com a ONU a declarar oficialmente fome em parte do território.

Desde 22 de agosto, 144 pessoas, incluindo 30 crianças, morreram devido à fome.

A crise é agravada pela destruição de habitações, com 53 mil palestinianos a perderem os seus abrigos em menos de uma semana, e pela inoperacionalidade da maioria dos hospitais. Israel é acusado de impedir a entrada de ajuda humanitária em larga escala. Neste contexto, o Reino Unido anunciou que irá receber entre 30 a 50 crianças gravemente doentes de Gaza para tratamento médico, numa operação diplomática que necessita da autorização de Israel. Israel acusa o Hamas de impedir os civis de se deslocarem do norte para o sul da Faixa de Gaza, usando-os como "escudos humanos".

No entanto, residentes entrevistados afirmam não ter recursos para sair.

As autoridades israelitas também alegam que membros do Hamas, incluindo altos funcionários, estão a tentar fugir do enclave, tendo alguns pedidos sido negados.

A escalada do conflito estendeu-se para além de Gaza, com Israel a atacar alvos em cinco outros países — Líbano, Síria, Qatar, Iémen e Tunísia — num período de 72 horas.

O ataque a Doha, que visava líderes do Hamas, foi condenado internacionalmente, inclusive por aliados como os Estados Unidos, Alemanha e Índia, com a Comissão Europeia a prometer sanções. Apesar da condenação do ataque no Qatar pelo presidente norte-americano Donald Trump, os EUA afirmam que continuam do lado de Israel.

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