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Fuga em Massa da Cidade de Gaza Perante Intensificação da Ofensiva Israelita

A intensificação da ofensiva militar israelita na Cidade de Gaza provocou a fuga em massa de centenas de milhares de palestinianos para o sul do território, enquanto a situação humanitária se agrava perante o impasse diplomático e as crescentes críticas internacionais.
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As forças israelitas intensificaram as suas operações na Cidade de Gaza, alertando para um ataque com "força sem precedentes" e instando a população a evacuar. Em consequência, gerou-se uma fuga em massa, com estimativas de deslocados a variarem entre as 450 mil pessoas, segundo a Defesa Civil de Gaza, e as 480 mil, de acordo com o Exército israelita, embora o Hamas considere os números israelitas exagerados. A situação no terreno é descrita como caótica, com os civis a fugirem para sul a pé, de carro ou em carroças, utilizando a estrada costeira de Al-Rashid como única rota de evacuação disponível.

O exército israelita afirmou ter continuado a "expandir as suas atividades" na cidade, eliminando "terroristas" e encontrando armas.

A escalada do conflito resultou num elevado número de vítimas.

As operações israelitas terão causado pelo menos 33 mortos num só dia em todo o território, 11 dos quais na Cidade de Gaza. A ofensiva, iniciada em resposta ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 — que resultou em cerca de 1.200 mortos e 251 reféns em Israel —, já provocou mais de 65.100 mortos em Gaza, segundo as autoridades locais. A situação humanitária é descrita como um desastre, com cerca de dois milhões de palestinianos deslocados repetidamente.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou a situação como "moral, política e legalmente intolerável".

A nível diplomático, os Estados Unidos vetaram pela sexta vez uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo imediato e o acesso humanitário a Gaza, justificando a decisão com a falta de uma condenação explícita ao Hamas.

A ofensiva israelita suscitou forte condenação internacional, com Paris a instar Israel a "pôr fim a esta campanha destrutiva" e Londres a considerá-la "totalmente irresponsável".

Internamente, o governo de Benjamin Netanyahu enfrenta pressão, com protestos de familiares dos 48 reféns ainda detidos em Gaza, que acusam o primeiro-ministro de colocar as suas vidas em risco.

Foram também detidos ativistas israelitas que se manifestavam contra a guerra.

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