A Paz Frágil no Líbano: Entre a Ameaça Israelita e a Pressão Diplomática



A situação no Líbano permanece volátil, apesar do cessar-fogo estabelecido em novembro de 2024, que pôs fim a um ano de guerra com Israel. O conflito enfraqueceu severamente o Hezbollah, culminando no assassinato do seu líder histórico, Hassan Nasrallah, em setembro de 2024.
Contudo, o grupo xiita, apoiado pelo Irão, recusa-se a depor as armas, elevando o risco de uma nova escalada militar, com Israel a planear uma ofensiva de larga escala caso o desarmamento não se concretize.
Israel continua a realizar ataques regulares em território libanês, justificando-os como uma medida para impedir que o Hezbollah recupere as suas capacidades militares.
Recentemente, as forças israelitas atingiram dez locais, alguns a 30 quilómetros da fronteira, incluindo o que alegam ser um "complexo de treino" da força de elite Al-Radwan.
Estes ataques ocorrem enquanto o exército libanês tenta desmantelar as infraestruturas militares do Hezbollah a sul do rio Litani, conforme previsto no acordo de cessar-fogo.
A missão da ONU no Líbano (FINUL) já reportou mais de dez mil violações ao acordo.
O governo de Beirute enfrenta uma intensa pressão internacional.
Os Estados Unidos insistem no desarmamento do Hezbollah, enquanto o Irão é acusado de "interferência inaceitável" nos assuntos internos libaneses.
Num sinal claro desta tensão diplomática, o ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Rajji, recusou um convite para visitar Teerão, afirmando que "as condições não são propícias".
Em alternativa, propôs um encontro num "país terceiro neutro", sublinhando que a relação entre os dois países deve basear-se na "não interferência nos assuntos internos".




















