Catorze países condenam a expansão de colonatos israelitas na Cisjordânia e Israel rejeita as críticas



Catorze países, incluindo Alemanha, Canadá, Espanha, França, Itália, Japão e Reino Unido, condenaram a decisão do governo israelita de aprovar a criação de 19 novos colonatos na Cisjordânia ocupada. Num comunicado conjunto, os países manifestaram a sua “clara oposição a qualquer forma de anexação” e instaram Israel a reverter a decisão, que consideram uma violação do Direito Internacional e um obstáculo à paz. Os signatários sublinharam que a política de colonatos compromete a solução de dois Estados e alertaram para o impacto negativo da medida nos esforços diplomáticos em curso, incluindo o plano de paz para a Faixa de Gaza. O apelo a Israel baseia-se no cumprimento da Resolução 2334 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que declara ilegais os colonatos nos territórios palestinianos. Os países reafirmaram o seu compromisso com uma paz justa e duradoura, defendendo a coexistência de Israel e da Palestina como Estados democráticos dentro de fronteiras seguras e reconhecidas.
Em resposta, Israel rejeitou veementemente a condenação internacional.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, afirmou que “os governos estrangeiros não restringirão o direito dos judeus de viver na Terra de Israel”, considerando qualquer pedido nesse sentido “moralmente errado e discriminatório”. O governo israelita refere-se à Cisjordânia pelo termo bíblico “Judeia e Samaria” e justifica a expansão dos colonatos como uma medida para impedir a criação de um Estado palestiniano que considera hostil. A expansão dos colonatos, que ocorre desde 1967, intensificou-se sob o atual governo de Benjamin Netanyahu, especialmente após o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023. Com esta nova aprovação, o número de colonatos reconhecidos durante o mandato do ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, sobe para 69. Atualmente, mais de meio milhão de israelitas vivem em colonatos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, territórios onde residem cerca de três milhões de palestinianos.
As Nações Unidas consideram estes colonatos ilegais à luz do Direito Internacional.





















